Sem um candidato de centro, FHC diz que vota em Lula em 2022

Ao ser perguntado se faria campanha para Lula em caso de polarização com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições, FHC disse que, se for preciso, sim. “Espero que não seja necessário, mas se for, provavelmente, sim. PT é um partido importante que se organizou. Não tenho medo do PT.”

E completou: “Não sei se representa o futuro do Brasil, mas Bolsonaro representa um futuro que não tem meu entusiasmo. Se não houver uma terceira via significativa, vou de Lula. Quem não tem cão caça com gato“.

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FHC também disse temer que o cenário seja de polarização e que Bolsonaro ganhe uma 2ª vez. “Vão inventar que Lula é isso ou aquilo. Já votei no Lula. Difícil que Lula seja representante da 3ª via, embora ele, na alma, seja isso. Ele simboliza e tem eco“, afirmou.

Ele também já afirmou, em março deste ano, que pode votar em Lula por ser a opção “menos ruim“.

O ex-presidente disse que o governo atual não é fascista e chamá-lo dessa forma é um erro. Para ele, Bolsonaro “tem impulsos autoritários“, mas não pode fazer o que quer. “Do ponto de vista de um sociólogo tem que se ter precisão. Pode ter um gesto fascista, mas não é fascista. No fascismo não tem liberdade de ação, não tem eleição. É diferente“, disse.

PSDB E ELEIÇÕES

FHC também comentou sobre o papel do PSDB nas eleições de 2022. Para ele, o partido “perdeu a capacidade de atração” e de real poder. Ele afirma que é necessário uma candidatura que cative o povo e possa superar a polarização entre Bolsonaro e Lula. Mas ele não acredita que essa pessoa seja o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP).

Não creio que ele tenha o conjunto de características que mova o Brasil profundo. Me dou bem com ele. Foi prefeito e é governador. Respeito o Doria. Ele governa, mas será que ele vai encarnar uma terceira via?“, disse.

Em sua avaliação, se o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) “se jogar” ele será um ótimo representante do PSDB. O presidente nacional do partido, Bruno Araújo, disse em abril que a legenda considera Jereissati como um nome para unir o centro político em 2022

Mas FHC diz que existem outros nomes que podem ter o seu apoio. “Conheço [o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo] Leite, [o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique] Mandetta e [Luciano] Huck. Se forem capazes, apoio.

Poder360

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