Antes da redução da Petrobras, gasolina dispara em 20 estados; veja o preço em cada um
A gasolina mais cara é encontrada no Acre (R$ 6,08) e no Amazonas (R$ 6); já o Amapá (R$ 5,02) tem o valor médio mais baixo
Antes de a Petrobras anunciar redução de R$ 0,13 por litro nas refinarias a partir desta sexta-feira (16), o preço da gasolina disparou em 20 estados na última semana.
O aumento foi de 4,03% entre os dias 4 e 10 de junho, segundo o levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
O valor médio do litro nos postos passou de R$ 5,21 para R$ 5,42, o que indica o impacto do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
O novo modelo de cobrança do ICMS, que começou a vigorar em 1º de junho, instituiu uma alíquota única nacional de R$ 1,22 por litro.
Segundo a ANP, a mudança elevou o preço da gasolina em 20 estados e no Distrito Federal. Em quatro estados, houve queda.
A gasolina mais cara é encontrada no Acre (R$ 6,08) e no Amazonas (R$ 6). Já os estados do Amapá (R$ 5,02) e do Maranhão (R$ 5,16) têm o valor médio mais baixo.
• ACRE – R$ 6,08
• ALAGOAS – R$ 5,43
• AMAPÁ – R$ 5,02
• AMAZONAS – R$ 6,00
• BAHIA – R$ 5,49
• CEARÁ – R$ 5,37
• DISTRITO FEDERAL – R$ 5,48
• ESPÍRITO SANTO – R$ 5,59
• GOIÁS – R$ 5,34
• MARANHÃO – R$ 5,16
• MATO GROSSO – R$ 5,49
• MATO GROSSO DO SUL – R$ 5,20
• MINAS GERAIS – R$ 5,28
• PARÁ – R$ 5,35
• PARAÍBA – R$ 5,19
• PARANÁ – R$ 5,52
• PERNAMBUCO – R$ 5,51
• PIAUÍ – R$ 5,28
• RIO DE JANEIRO – R$ 5,39
• RIO GRANDE DO NORTE – R$ 5,64
• RIO GRANDE DO SUL – R$ 5,46
• RONDÔNIA – R$ 5,97
• RORAIMA – R$ 5,79
• SANTA CATARINA – R$ 5,58
• SÃO PAULO – R$ 5,31
• SERGIPE – R$ 5,46
• TOCANTINS – R$ 5,60
A educadora financeira Aline Soaper afirma que a solução é buscar estratégias para economizar na hora de abastecer os veículos.
“O consumidor deve ficar atento para saber se os postos de combustíveis vão repassar esse ajuste de forma justa. Isso porque o ICMS é apenas uma parte do preço total da gasolina. O imposto estadual tem um peso de 20,5% no custo total do produto ao consumidor. Por isso, os postos têm liberdade para colocar os próprios preços, e pode acontecer de haver preços abusivos, como já estamos vendo mesmo antes do anúncio do aumento. É importante, na hora de comprar, que o consumidor pesquise o preço, faça consulta em mais de um posto, para poder economizar na hora de abastecer”, ressalta Soaper.
A especialista também ressalta que é importante que os consumidores estejam atentos à manutenção dos veículos.
A especialista também ressalta que é importante que os consumidores estejam atentos à manutenção dos veículos.
“Lembre-se de calibrar os pneus e fazer revisão no veículo. Isso evita imprevistos e economiza combustível, inclusive. É importante estar atento aos postos que batizam a gasolina, porque aí o barato pode sair caro, inclusive no que diz respeito à manutenção dos veículos”, acrescenta a educadora financeira.
Aline Soaper recomenda também, se possível, uma análise sobre a necessidade do uso do carro e a forma de fazer as viagens. Segundo ela, é possível planejar o uso do veículo próprio somente algumas vezes na semana.
Outra dica é usar os pontos acumulados nos programas de benefícios de cartão de crédito para pagar a gasolina, nos postos conveniados. Além disso, algumas redes de postos têm benefícios de acúmulo de pontos, com descontos.
“Também é importante abastecer de preferência nos postos que estão na sua rota diária, especialmente nas proximidades da casa ou do trabalho. O custo de um veículo pesa no bolso dos consumidores, e os aumentos de combustível pesam ainda mais nesse custo. Para ter uma ideia, o custo de manutenção de um veículo já quitado é, em média, de 2% do valor de compra dele, ou seja, vale a pena traçar estratégias e economizar”, conclui
A Petrobras afirmou nesta quinta-feira (2), em esclarecimento às notícias divulgadas pela imprensa, que não há nenhuma discussão em sua diretoria para que a companhia altere sua política de preços. O documento foi enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). De forma geral, é o órgão no Brasil responsável por fiscalizar o mercado financeiro e a Bolsa de Valores
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