Flávio já captou 90% dos votos do pai, diz CEO da Paraná Pesquisas

Lula lidera em todos os cenários de primeiro turno para as eleições presidenciais de 2026, segundo levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta sexta-feira (26). Pesquisa mostra uma polarização clara entre o atual presidente e um candidato da direita, com números que revelam uma disputa que promete ser acirrada. A análise
CEO do instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo afirmou que Flávio Bolsonaro já captou cerca de 90% dos votos do pai, Jair Bolsonaro. “Esse geralmente é o primeiro grande desafio de qualquer candidato que precisa se nacionalizar, que vai disputar a presidência da República, e, essa etapa, segundo Murilo Hidalgo, Flávio já concluiu”, destaca Venceslau.
O levantamento mostra Flávio com 27,8% das intenções de voto, número muito próximo ao que seu pai costumava obter, considerando a margem de erro. Lula aparece com 37,6%, mantendo uma dianteira significativa, mas não suficiente para garantir uma vitória tranquila.
VISIBILIDADE POLÍTICA FAVORECE FLÁVIO BOLSONARO
“O que colabora muito para isso é o fato de Flávio ter esse palanque que é o hospital no qual seu pai está internado. A imprensa está lá, ele faz os informes, ele é o interlocutor e sempre aproveita para dar seus recados políticos”, aponta o analista.
Outro ponto destacado na análise é que Flávio já teria se tornado conhecido nacionalmente e ganho tração política, o que representa um avanço importante para sua pré-candidatura. Isso ocorre em um momento em que ele busca se consolidar como o representante único da direita, com o apoio de Tarcísio Gomes de Freitas.
CENÁRIO PARA 2026 E O PAPEL DE OUTROS PRÉ-CANDIDATOS
é de Pedro Venceslau, ao Hora H.
Murilo Hidalgo prevê que o segundo turno das eleições de 2026 será muito semelhante ao de 2022: disputadíssimo e com resultado indefinido. “Lula ainda aparece na frente, mas, com uma margem muito pequena. Dentro da margem de erro, parece um empate técnico”, avalia Pedro Venceslau.
Quanto aos outros pré-candidatos, o CEO do instituto classificou como “coadjuvantes” os governadores que se colocaram na disputa, como Ratinho Júnior, Romeu Zema e Ronaldo Caiado. A exceção seria Tarcísio Gomes de Freitas, que aparece com desempenho significativamente melhor que os demais, mesmo sem ter feito um movimento de nacionalização de sua imagem.
“Os partidos de direita e centrão insistem no nome de Tarcísio porque a leitura entre os caciques desses partidos é que só Tarcísio conseguiria unificar toda a direita em uma candidatura só”, diz o analista.
Ao cruzar os dados da pesquisa com um levantamento do Datafolha que indica que 35% dos brasileiros se consideram de direita e 27% de esquerda, Pedro Venceslau observou uma correspondência com as intenções de voto: “Lula já ocupou totalmente esse espaço da esquerda e o Flávio Bolsonaro praticamente ocupou esse espaço todo na direita. É a polarização cristalizada se consolidando para o ano que vem”.