SÃO JOÃO CHEGOU TRAZENDO ALEGRIA .

São João chegou e com ele a alegria do nordestino que canta, dança e se farta com a boa comida regional como a pamonha, a canjica, o milho verde, bolos, etc. Mas, na música está o ponto alto dos festejos como o forró, o baião, o xaxado, o coco e a polca. E nessa música que anima, que entusiasma, está a figura inesquecível do saudoso Luiz Gonzaga. Dele saiu a maioria de todas as músicas regionais que faz feliz o povo nordestino o ano inteiro.

É verdade. Não há festa junina legitima sem a presença do “Rei do Baião”. A turma canta e dança feliz ao embalo de boas músicas na “Feira de Caruaru” e diz que estava “Danado de bom”. Na animada festa até “Asa Branca”, por lá apareceu. Quando anoiteceu, “Lá no meu pé de serra”, “Acauã” já se encontrava e foi uma grande animação. Um dançarino, bem animado, contou que saiu de “Juazeiro” no “Último pau de arara”, nessa sua mania de “Vida de viajante”, após ter tocado e dançado no “Forró de Mané Vito” e conta ele que ficou apaixonado por uma moça de “Cintura Fina”, que se chamava “Carolina”. Era assim Luiz Gonzaga; expressava através da música e das letras poéticas suas e de seus companheiros como Zé Dantas, toda a beleza do nosso regionalismo. “Eu vou mostrar pra você”, diz seu companheiro e amigo Humberto Teixeira, “como se dança o baião e quem quiser aprender é favor prestar atenção”.

E Zé Dantas arremata: “A fogueira está queimando em homenagem a São João. O forró já começou. Vamos gente rapapé neste salão”.

Das músicas de Luiz Gonzaga há duas que atravessaram gerações: “Asa Branca e Capelinha de Melão”. “Capelinha de Melão é de São João. É de cravo é de rosa. É de manjericão”.

Luiz Gonzaga no seu repouso eterno deve estar dizendo: “Acorda povo que São João chegou”. Acorda “Sanfoneiro macho”, desperta “Assum preto”, vem fazer o seu belo canto aqui bem perto do “Riacho do navio”, sob “Luar do sertão”. Desperta homem do nordeste, trás sua “Sanfona Choradeira” para a festa do “Forró de cabo a rabo”.

Inesquecível Luiz Gonzaga, peça licença a São Pedro, a Santo Antônio e a São João e venha alegrar os nordestinos que angustiados só conhecem “As vozes da seca”, caminhando tristemente à procura de “Uma cacimba nova”, para que o seu gado e os seus filhos não venham morrer de fome e de sede.

Que todos os alagoanos sejam bem felizes durante os festejos juninos e com muita alegria ao lado da família vivam momentos de felicidade, inesquecíveis.

Fonte Gazeta Alagoas por Milton  médico e membro do Conselho Estratégico da Organização Arnon de Mello

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