Governador fala sobre necessidade de “união de forças” entre Prefeitura e Estado e anuncia ações após colapso da Mina 18

Em reunião realizada no Palácio dos Palmares, na manhã desta segunda-feira (11), o governador Paulo Dantas anunciou novas medidas de auxílio às vítimas do crime ambiental da Braskem e compartilhou as ações do Governo do Estado para remediar as consequências do colapso da Mina 18, no bairro do Mutange.

Segundo Paulo, o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) realizou coletas na Lagoa Mundaú, a fim de analisar quais foram as consequências ao ecossistema da região. “Aconteceu o colapso, sem dano às vidas e sem dano material. Precisamos verificar nesse momento a questão ambiental, qual é a causa ambiental que trouxe o colapso da mina 18. Já foram feiras coletas, vamos nos posicionar nos próximos dias sobre qual foi o dano causado pelo evento”, explicou.

Citando como exemplo o Parque Ibirapuera, em São Paulo, o governador propôs, também, a criação de um parque estadual nos bairros que foram desocupados (Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e parte do Farol) como forma de honrar a memória das vítimas do crime ambiental.

O chefe do Executivo Estadual anunciou a criação de um plano com o objetivo de contemplar vítimas, comerciantes e órgãos públicos que foram afetados pela mineração na região, e também reforçou a necessidade de incluir novas áreas no mapa de desocupação.

“Perdemos, na região, nosso hospital psiquiátrico, muitas escolas do Cepa, a sede do Samu e outros prédios importantes”, pontuou. “A culpada por esse crime é a empresa Braskem. Precisamos unir forças pra que essa empresa dê uma solução o quanto antes para os afetados pelo crime”.

“Considero essa a reunião mais importante que já aconteceu desde a descoberta desse crime ambiental, em 2018. Contem totalmente com nossa boa vontade, força de trabalho e seriedade para encontrarmos uma solução”, reforçou o governador.

Ida a Brasília

Paulo Dantas compartilhou que irá, ainda nesta segunda-feira, a Brasília para tratar dos efeitos que o colapso da Mina 18 teve na atividade turística do estado com representantes do Ministério do Turismo.

“Precisamos fazer uma campanha demonstrando que o problema está localizado naqueles bairros. Nenhuma outra parte de Maceió terá nenhum dano. Queremos tranquilizar todos os turistas para que venham ao nosso estado, que está bem estruturado, com melhores rodovias, segurança, oferta de água, saneamento básico”, pontuou.

 

Saúde mental das vítimas

Paulo citou, dentre os efeitos da desocupação dos bairros em virtude da mineração, o crescimento de vitimas de depressão e suicídio. Em sua última ida a Brasília, quando se reuniu com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o governador solicitou a ajuda do Governo Federal na resolução do problema.

“No dia 7 de dezembro fizemos um trabalho conjunto e integrado, com recursos e profissionais do estado, levando profissionais de saúde, psicólogos, assistentes sociais, psiquiatras para os Flexais”, disse, citando que foram cerca de 7 mil pessoas atendidas, sendo 4.089 apenas na área de saúde.

Fonte cadaminuto

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