Castro envia a Maceió técnicos para conter riscos em mina da Braskem

Especialistas do Departamento de Recursos Minerais do RJ ajudarão a enfrentar crime ambiental que já destruiu cinco bairros

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), divulgou na manhã deste domingo (3) que tomou a iniciativa de enviar a Alagoas especialistas do Departamento de Recursos Minerais (DRM) para auxiliar nas estratégias para minimizar consequências do desmoronamento da caverna formada em uma mina de sal-gema, em Maceió. O colapso iminente do poço subterrâneo de mineração amplia o crime ambiental do desastre geológico causado pela Braskem, que já destruiu cinco bairros e expulsou cerca de 60 mil maceioenses de suas casas e empresas.                                                                                                                                                        O governador que é do mesmo partido do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o “JHC”, detalhou que quatro geólogos especializados em avaliação de risco chegam hoje à capital alagoana com o presidente do DRM, Luiz Magalhães, para se juntar a agentes de outras esferas de governo.

Ontem, o prefeito JHC afirmou que “o crime ambiental causado pela mineradora Braskem, em Maceió, é irrecuperável e impagável”, durante entrevista sobre o mais recente alerta de risco de colapso da mina 18, no Mutange, um dos cinco bairros afetados por tremores de terra e afundamento do solo, transformado em cenário de cidade fantasma, junto com o Bebedouro, Pinheiro, Bom Parto e Farol.

“Os nossos problemas são reais, nunca estaremos satisfeitos com o que a Braskem fez com a nossa cidade. Esse dano que eles cometeram é impagável, é irrecuperável. Os danos sociais, psicológicos, olha o que está acontecendo, a cidade em pânico”, reagiu o prefeito de Maceió.

Posição da Braskem

Às 13h desse sábado (2), a Braskem emitiu o seguinte posicionamento sobre a situação que causou em Maceió:

A área de risco do mapa definido pela Defesa Civil municipal está 100% desocupada. Os moradores de 23 imóveis que ainda resistiam em permanecer nessa área de risco foram realocados pela Defesa Civil, por determinação judicial.

Importante lembrar que a área de resguardo no bairro do Mutange onde fica a mina 18, cuja realocação preventiva foi iniciada pela Braskem em dezembro de 2019, está desocupada, sem nenhuma pessoa residindo na região desde abril de 2020.

Os dados atuais de monitoramento demonstram que a acomodação do solo segue concentrada na área dessa mina e que essa acomodação poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta. Todos os dados colhidos estão sendo compartilhados em tempo real com as autoridades, com quem a Braskem vem trabalhando em estreita colaboração.

A Braskem continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, localizada no bairro do Mutange.

SITUAÇÃO DAS CAVIDADES

A extração de sal-gema em Maceió foi totalmente encerrada em maio de 2019, e a Braskem vem adotando as medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal, conforme plano apresentado às autoridades e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Esse plano registra 70% de avanço nas ações, e a conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025.

Das 35 cavidades, 9 receberam a recomendação de preenchimento com areia. Destas, 5 tiveram o preenchimento concluído, em outras 3 os trabalhos estão em andamento e 1 já está pressurizada, indicando não ser mais necessário o preenchimento com areia.

Além dessas, em outras 5 cavidades foi confirmado o status de autopreenchimento.

As demais 21 cavidades estão sendo tamponadas e/ou monitoradas, sendo que em 7 delas o trabalho já foi concluído. As atividades para preenchimento da cavidade 18 estavam em andamento e foram suspensas preventivamente devido à movimentação atípica no solo.

Todo o trabalho segue prazos pactuados no âmbito do plano de fechamento, que é regulamente reavaliado com a ANM.

Fonte Diário do Poder

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