“Do petrolão ao orçamento secreto” – considerações sobre mudança de entendimento do presidente Lula

O presidente Lula fez uso do orçamento secreto, que tanto criticou na campanha eleitoral, para pagar dívida a amigos de Jair Bolsonaro no valor de R$ 9 bilhões em emendas de relator, segundo analisa José Nêumanne Pinto na revista Crusoé.

Alguns trechos do artigo do jornalista:

“Na política brasileira, promessa nunca foi, não é nem nunca será sinônimo de dívida. O governo Lula, em marcha batida para repetir o antecessor pela necessidade da precisão e da clareza de acrescentar o prefixo des, que sinaliza negação, ou seja, desgoverno, confirma tal constatação como era esperada, mas com uma acelerada pressa de decepcionar. Confirma-o notícia, dada pelo Estadão, de que sua excelência insolentíssima, na chefia do Executivo, mandou ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (vulgo ‘vai pra casa’), descumprir sua ordem anterior de congelar o pagamento das emendas do relator do infame orçamento secreto. Para não haver dúvida determinou que o próprio e o chefe da pasta das Cidades tirassem do congelador R$ 9 bilhões de infâmias herdadas do desgoverno anterior.”

“A desordem atropela determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), para cujos membros na República (coisa pública) só se desembolsa erário com transparência de origem e destino. Orçamento secreto nega, conforme quaisquer lógica e vergonha, o princípio mais fundamental para todos quantos administrem os cofres da viúva.”

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