Delegada não vê elo entre morte de torcedor do CSA e emboscada a torcedor do CRB em Maceió

Crimes aconteceram em dias seguidos, na semana passada. Samuel morreu baleado dentro do carro que dirigia, no Tabuleiro. Peu foi espancado com barra de ferro no Trapiche e faleceu dias depois.

A delegada Sheila Carvalho, da Delegacia de Homicídios, disse que não há indícios de que haja relação entre o linchamento do torcedor do CSA Pedro Lúcio dos Santos e a emboscada que resultou na morte do torcedor do CRB Samuel dos Santos Francelino. A informação foi passada em entrevista ao vivo ao AL1 nesta terça-feira (9).

Os dois crimes aconteceram em dias seguidos. Peu, como era conhecido Pedro Lúcio, tinha 47 anos e foi espancando com barras de ferro na cabeça depois de uma partida de futebol na noite de quinta (4), no Trapiche. Ele passou dias internado no Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu.

Na manhã seguinte, Samuel foi vítima de uma emboscada quando dirigia próximo à Feirinha do Tabuleiro. Ele foi baleado, bateu o carro no muro de uma casa e faleceu.

Samuel tinha passagem pela polícia e era membro de uma torcida organizada do CRB. A delegada disse que já ouviu a mãe, a ex-companheira e a namorada dele.

“Ele tinha passado uma semana tranquila e, segundo os familiares, não relatou nenhuma ameaça recente. Na ficha policial, ele já foi preso por tráfico de drogas, era investigado por um homicídio e uma tentativa de homicídio, contra um torcedor que foi espancado por cerca de nove pessoas. Nós estamos investigando se a morte dele tem relação com esses crimes”, disse a delegada.

Na noite em que Peu foi espancado, Samuel estava com a namorada. Horas depois, na manhã seguinte, saiu de carro com a namorada da Serraria. O casal não percebeu que estava sendo seguido até a emboscada no Tabuleiro.

Ela disse que não perceberam e nas proximidades do Tabuleiro, um veículo avançou e fez disparos contra o Samuel, que perdeu o controle do carro e bateu no muro de uma casa”, disse a delegada Sheila Carvalho.

O espancamento de Peu era investigado pela delegacia do Trapiche, mas como a vítima faleceu, o inquérito foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios. A delegada Rosimeire Vieira é a responsável pelas investigações. Sobre esse caso ainda serão ouvidas testemunhas e analisadas imagens de câmera de segurança da região.

“Não há nenhum fato que ligue os dois crimes. O que temos é que eles torciam por times. Tanto que quando Pedro foi espancado no Trapiche, o Samuel estava com a namorada no bairro da Serraria, onde ficou a noite e madrugada com ela”, disse a delegada.

 

DP C/ G1/AL

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