‘Queriam levar o MDB para o PT’, denuncia Tebet sobre boicote interno

Após participação no programa Pânico, a senadora e candidata ao Palácio do Planalto, Simone Tebet (MDB), concedeu uma entrevista à Jovem Pan News na qual falou sobre a corrida eleitoral. Questionada sobre as divergências internas dentro do MDB e figuras da legenda que atuam contra a candidatura da terceira via e chegaram a acionar a Justiça para impedir a convenção eleitoral, Tebet defendeu sua permanência no pleito: “Eram oito pré-candidatos pelo centro-democrático, eles foram ficando pelo meio do caminho por interesses quaisquer, que não saberia dizer. Ficamos eu e João Doria. Nós fizemos um combinado, ele aceitou, de que nós faríamos uma pesquisa qualitativa e quantitativa. E a qualitativa mostrou que o meu nome seria o melhor”.

“Eu era a menos conhecida, com menos rejeição e, portanto, eu tinha condições de crescer. Então o processo foi democrático. Agora, essa decisão de que uma parte do MDB não me apoia, isso não é manchete. São os mesmos velhos parlamentares ou políticos do MDB que estiveram há 10 ou 12 anos atrás com o PT. E eles queriam levar o MDB para o PT. Foram ministros de Estado do Lula. E eu dizia ‘não’, não temos que ir pra lado, temos que ter candidatura própria e segundo turno é segundo turno. Estou muito entusiasmada e com condições de crescer e chegar no segundo turno. Alguns, que já queriam entregar o partido para o ex-presidente Lula, foram e tentaram boicotar a candidatura de forma democrática. E nós ganhamos no voto… Democracia se ganha no voto, não é no grito”, declarou.

Segundo a senadora, o ex-presidente Lula poderia estar por trás do processo de ataque interno à candidatura própria do MDB: “[Lula] Ele deu a senha, ele deu a senha quando disse para um jornal: ‘Olha, a Simone não é carta fora do baralho. Tem que ficar de olho’. Não passou uma semana e alguns dentro do partido resolveram que não podia ter mais candidatura própria. Ele deu a senha porque ele quer matar essa eleição no primeiro turno. Ele não vai matar essa eleição no segundo turno”.

Tebet também rebateu as declarações do presidente Jair Bolsonaro de que a chamada terceira via não teria força para disputar as eleições deste ano: “A terceira via não tinha mesmo, mas agora não é mais terceira, é a única via, porque ela se juntou. Isso em novembro do ano passado era verdade, nós tínhamos oito pré-candidatos, agora nós temos um ou dois, que não sabemos quem vai chegar até o final ou quantos chegarão. Democracia é isso, vamos no voto. Ninguém sabe qual o resultado da urna porque a urna não recebeu um único voto ainda”.

Na última pesquisa Datafolha, divulgada na última quinta-feira, 28, a candidata do MDB aparece em quarto lugar, com 2% das intenções de voto e ainda muito atrás de Ciro Gomes (PDT), que somou 8% no terceiro lugar. Para a senadora, pesquisa eleitoral não ganha eleição: “Se ganhasse a gente não precisava ir às urnas. É uma fotografia, um momento. Sou desconhecida por metade da população brasileira, por isso sou uma das menos rejeitadas. Vamos ter tempo de se dirigir ao eleitor, conversando com as pessoas e construindo esse caminho”. Sobre o vice na chapa, Tebet confirmou que a escolha é do PSDB e do Cidadania, mas confessou que tem preferência pelo senador Tasso Jereissati (PSDB).

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