“Espero ter lido errado ou que isso não se concretize”, diz Moro sobre decisão de acabar com o GAECO em AL

As emendas da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) ao Projeto de Lei Complementar (PLC), modificando a Lei Orgânica do Ministério Público (MP/AL), têm gerado grande repercussão entre entidades, autoridades e políticos.do estado. Parte da decisão polêmica chegou até o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

Nesta quinta-feira (12), Moro criticou a decisão dos deputados alagoanos que extingue o GAECO (Combate ao Crime Organizado).

No Twitter, Sérgio Moro destacou a participação do Gaeco durante a “Operação Flash Back”, contra o crime organizado, em 2019, e disse que ficou sabendo da decisão da ALE pelos jornais.

“A Operação Flask Back contra o crime organizado (PCC) foi um dos destaques de 2019 e teve a participação da SEOPI / MJSP e do GAECO/ MPE de Alagoas. Leio Agora em jornais que foi aprovada lei na Assembleia Legislativa de Alagoas que extingue o GAECO/MP de AL”, escreveu o ministro.

Moro afirmou que espera “respeitosamente” que o fato não se concretize e que não gosta de opinar em assuntos internos de Estados, mas abriu uma exceção para o caso.

“Espero, respeitosamente, ter lido errado ou que isso não se concretize. Odeio opinar sobre assuntos internos dos Estados, mas nesse caso peço a licença e a compreensão de todos. A lei e a população não podem ficar desprotegidas”, pontuou.

A Operação Flash Back ocorreu em novembro de 2019, em Alagoas e mais sete estados: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Tocantins e Sergipe. A mesma atuou na prisão contra integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Só em Alagoas foram expedidos 110 mandados de prisão e 60 foram cumpridos.

A ação ocorreu após sete meses de investigação integrada entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AL), Ministério da Justiça, Ministério Público do Estado de Alagoas, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), a 17ª Vara Criminal da Capital, Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a Secretaria de Ressocialização e Inserção Social (Seris).

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