Bem estar animal: para aumentar cuidados e combater zoonoses, Marx propõe Guia informativo
Criar um cartão nacional e um guia, ambos com informações e orientações padronizadas sobre cuidados com cães e gatos, e distribuí-los gratuitamente em CCZs (centro de controle de zoonoses), secretarias de saúde, feiras e organizações não governamentais que atuam na defesa da causa animal. Em síntese estas são as propostas de um Projeto de Lei (PL) protocolado na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (03), em Brasília, pelo deputado federal Marx Beltrão (PSD).
“A causa animal precisa ser vista à altura de sua importância.O bem estar de cães e gatos é um dos mais importantes vetores para o combate às zoonozes e a população precisa ser informada sobre como cuidar corretamente de seus animais de estimação.Esta cartilha e este guia, ao serem distribuídos gratuitamente, vão ser de grande valia para que a sociedade tenha acesso às práticas corretas de manejo de seus animais em ambiente doméstico” afirmou Marx Beltrão.
“Sabe-se que os caninos domésticos estão involuntariamente envolvidos na transmissão de mais de 60 infecções zoonóticas (só vermes intestinais são 55 espécies. Para além destes também há infecção por fungos, vírus, bactérias e protozoários) sendo a principal doença por protozoário a Leishmaniose, para a qual grande parte do Brasil é endêmica tendo no último ano (2018) elevado o número de óbitos em crianças em Alagoas”, diz o parlamentar em seu Projeto de Lei.
“O povo clama pelo “bem estar animal” e o primeiro meio para atender isso é ensinar o cidadão a cuidar. Ações educativas permanentes são formas eficazes de intervenção neste problema e também pouco onerosas. Está justificada, assim, a necessidade de política pública que leve noções básicas sobre os modos de criação dos animais, através de medidas simples, que previnem doenças sérias”, segue Beltrão no texto da proposta.
O Projeto de Lei foi elaborado com base em dissertação de mestrado da médica veterinária e pesquisadora alagoana Evelynne Hildegard Marques de Melo, que se fundamentou em inquérito epidemiológico realizado com cidadãos que criam caninos e felinos em Maceió.
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