IML confirma que restos mortais encontrados em poço no Feitosa são de técnica de enfermagem
O Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML de Maceió) confirmou neste final de semana que a ossada humana encontrada no bairro do Feitosa, em Maceió, na sexta-feira (2) é da técnica de enfermagem Maria José Feijó da Silva, de 46 anos. O Alagoas24Horas já havia antecipado esta possibilidade após familiares reconheceram a roupa que a mulher usava quando desapareceu ainda no mês de março.
De acordo com o perito odontolegista responsável pelo caso, a vítima foi identificada com o exame odontolegal. Esse tipo de identificação é realizada através da comparação da arcada dentária da vítima com exames e tratamentos feitos em vida por ela em um consultório dentário, apresentados pela família.
Ainda segundo o perito, a família compareceu ao IML e após receber orientação do setor de Odontologia Legal do IML de Maceió, sobre a possibilidade da identificação pela arcada dentária, entregou exames odontológicos feitos em vida pela desaparecida que permitiu a realização e conclusão do exame.
“Através desse material apresentados pela família foi possível a realização do exame que permitiu de forma célere a identificação e liberação dos restos mortais da vítima pelo setor odontolegal do IML. Por isso, a importância da família ter conhecimento do profissional que cuida da saúde bucal do seus familiares,” explicou.
Corpo encontrado
Desde o sumiço da técnica de enfermagem, a família vinha realizando campanhas e buscas por ela. Na última semana, mensagens anônimas informaram ela havia sido morta e teve o corpo desovado em uma região de mata no bairro do Feitosa, um local de difícil acesso e de alta periculosidade.
Na última sexta-feira, a família ea polícia militar conseguiram localizar o ponto exato.
O Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas foi acionado e resgatou os restos mortais em uma fossa de mais 15 metros de profundidade. O instituto de criminalística fez a perícia o local, e ao término os restos mortais foram encaminhados para o IML que fez a identificação oficial dos restos mortais. A ossada será necropsiada na tarde deste domingo, 04, e em seguida será liberada para sepultamento.
Lembre o caso
Na época do desaparecimento, a cunhada de Maria Feijó contou à reportagem que, durante a pandemia, ela passou a apresentar um quadro de depressão e ficou bastante abalada por conta das mortes de colegas devido à Covid-19, mas vinha fazendo o tratamento e tomando as medicações.
Como a profissional de saúde trabalhava em uma maternidade com plantões de 24 horas, a família só se deu conta de seu desaparecimento um dia depois ao perceberam que ela não tinha voltado do trabalho. Em contato com a unidade de saúde, eles foram informados que naquele dia Maria estava de folga e seu plantão seria no dia seguinte e que ela também não apareceu.
Com o desaparecimento, a família buscou ajuda de vizinhos que possuem câmeras de segurança e descobriu que ela saiu de casa vestindo uma blusa amarela e um short amarelo após pegar uma corrida com um mototaxista conhecido da região.
O mototaxista disse que a deixou em uma rua próximo ao Feitosa e que ela tinha dito que iria buscar abacates com uma prima no local, mas ela não tinha familiares na região.