Trabalhadores de Penedo denunciam situação análoga à escravidão no ES

MPT investiga denúncia; vídeo mostra apelo de vítimas para retornar a Alagoas

O Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga uma denúncia feita por trabalhadores que moram em Penedo, interior de Alagoas, que estariam em condições análogas à escravidão em uma fazenda no interior do Espírito Santo . A informação foi confirmada pela Prefeitura de Penedo, que acompanha o caso.

Em um vídeo que circula nas redes sociais (assista ao vídeo acima), uma mulher informa que 11 pessoas de Penedo foram para a fazenda colher café, mas, quando chegaram ao local, não era nada do que esperavam.

“Quando a gente chegou aqui, não tinha café suficiente para se colher, o dono da fazenda está ameaçando a gente, falando que, se a gente for embora, vai reter a documentação da gente e que vai atrás com a polícia”, relata a mulher no vídeo.

O MPT informou que está apurando a denúncia, mas não pode repassar mais informações para não atrapalhar as investigações.

Ainda segundo a queixa, todos estão dormindo no chão de concreto frio de uma casa insalubre. “A gente está cheio de caroços por casa de mosquito. Comida a gente está comprando, mas o dinheiro está acabando. A gente quer sair daqui e ser resgatado porque somos da mesma cidade. A gente não tem dinheiro para ir embora. A gente precisa comer e, a cada dia, a dívida só aumenta”, afirma.

A Prefeitura de Penedo, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, informou que tomou conhecimento do caso nessa segunda-feira (13) e confirmou que, pelo menos, duas pessoas que aparecem nas imagens são do município.

“De imediato, a Prefeitura de Penedo formalizou denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que entrou em contato com o Núcleo de Defesa e Combate ao Trabalho Escravo para adotar todas as medidas cabíveis visando à localização e ao amparo dos envolvidos”, diz a nota da prefeitura.

A Secretaria Municipal de Assistência Social de Penedo comunicou que está monitorando o desenvolvimento do caso com máxima atenção e já se colocou à disposição para facilitar o retorno seguro desses cidadãos a seu município de origem.

“Ressaltamos nosso compromisso com a defesa dos direitos humanos e informamos que novas atualizações sobre o caso serão divulgadas conforme informações forem sendo disponibilizadas pelos órgãos responsáveis”, completou a nota.

Fonte Gazetaweb

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Um Comentário

  1. O problema é que as leis desse pais para com ese tipo de gente que faz isso com seu semelhante é muito branda, pagam multa e todos os direitos que o pessoal escravizados tem direito e pronto, tá tudo certo. esse tipo de gente que faz isso era pra ir direto pra cadeia sem direito a fiança. Mais como se diz, é BRASIL, Aqui tudo pode, tudo se faz, existe as leis mais infelizmente não são respeitadas, o poderio oconõmico é que prevalece. ISSO É UMA VERGONHA.

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