Após empate com Bota no tempo normal, CRB vence nos pênaltis e avança
Galo bate o Belo por 4 a 3, com gols de Anselmo Ramon, Gegê, Falcão e Matheus Ribeiro; nem precisou cobrar o 5º pênalti
O CRB mal terminou a disputa do Campeonato Alagoano, quando sagrou-se campeão, e já teve mais uma decisão. Na noite desta terça-feira (9), o Galo entrou em campo, no Estádio Rei Pelé, em um jogo recheado de tensão, e venceu o Botafogo-PB, nos pênaltis, por 4 a 3, pelas quartas de final da Copa do Nordeste, em jogo único.
E, após um tempo normal com o empate por 0 a 0, a decisão foi para as cobranças de pênaltis. Marcaram para o Galo, Anselmo Ramon, Gegê, Falcão e Matheus Ribeiro. Já para o Belo, assinalaram Wendel Lomar, Lenon e Paulinho. E perderam Pipico e Júlio Rusch.
Assim, o CRB avançou e terá pela frente o vencedor de Bahia x Náutico, que será disputado nesta quarta-feira (10). Quanto ao primeiro jogo da semifinal do Nordestão está marcado para o dia 24 deste mês, uma quarta-feira.
Antes disso, o Galo agora vai se preparar para a disputa do Brasileiro da Série B, onde estreia contra o Novorizontino, no próximo dia 20 (um sábado), fora de casa. Reveja como foi o jogo no YouTube da Gazeta
1º Tempo
O CRB começou tendo logo uma falta a ser cobrada, com 1 minuto. Na cobrança, porém, Gegê tentou o passe por elevação, mas Erick cortou. Aos 4 minutos, de novo o Galo chegou e até meteu uma bola na trave. Mike fechou na segunda trave, cabeceou no cantinho e a bola bateu no poste esquerdo de Dalton e foi pela linha de fundo.
Aos 9min, em tentativa do Belo, Jean Silva recebeu o passe na ponta esquerda, mas o assistente George Nogueira assinalou o impedimento. O Galo respondeu aos 11 minutos, quando Willian Formiga levantou a bola na área adversária, para Anselmo Ramon, mas Lucas Siqueira subiu primeiro e tirou o perigo dali. Aos 14′, Jean Silva recebeu na esquerda e mandou a bola na área regatiana, Bruno Mota deslocou Gustavo Henrique na disputa e o árbitro deu a falta para o Galo.
O CRB ainda não tinha construído nenhuma boa jogada, com o duelo passando dos 15 minutos. Trabalhava no campo ofensivo, mas ainda não tinha conseguido funcionar e parecia um pouco afobado, errando muitos passes. Enquanto isso, o Bota seguia se defendendo bem. Em outra tentativa regatiana, aos 20′, Rômulo lançou para Anselmo Ramon, que se esforçou, mas não conseguiu evitar a saída de bola pela lateral.
O jogo passava dos 25 minutos e o CRB não ofendia o Botafogo, não mostrava muito efetividade. Mas o Galo até que fez o seu gol, aos 28 minutos, com Jorginho, mas não valeu porque foi confirmado que a bola resvalou no braço do atacante regatiano, após o árbitro consultar o VAR, deixando a torcida regatiana na bronca.
Aos 32 minutos, o Belo tentou com Bruno Mota, que aproveitou um cruzamento rasteiro, dominou, gira e bateu rasteiro, obrigando Matheus Albino a se esticar todo e defender, ficando com a pelota. Aos 36′, o Galo teve um escanteio em seu favor. Gegê cobrou, levantando no meio da área alvinegra e Bruno Mota foi lá em cima e afastou de cabeça.
Passando dos 40 minutos, o confronto seguia sem o placar ser alterado. Um resultado até justo, pois o CRB tinha dificuldades, não tinha criatividade e não se entendia dentro de campo. E o Belo se segurava muito bem. O Galo ainda teve uma falta, aos 45′, mas, na cobrança de Gegê, Rômulo cabeceou e mandou por cima da trave.
O árbitro deu 4 minutos de acréscimos. Aos 47′, em cobrança de escanteio de Gegê, Mike subiu e cabeceou, mas mandou no travessão. No rebote, Anselmo Ramon bateu de primeira e a bola foi direto para fora. Por pouco o CRB não abriu o placar. E, aos 49 minutos, foi decretado o final do primeiro tempo.
2º Tempo
Na segunda etapa, aos 3 minutos, Anselmo Ramon abriu para Hereda, Jean Silva atropelou o lateral-direito do Galo e o árbitro marcou a falta. Na cobrança, porém, Gegê mandou na área, mas viu a defesa paraibana afastar o perigo, tirando pelo alto. Aos 6′, de novo uma falta regatiana. Falcão cobrou, mandando uma bomba, de longe, e a bola subiu demais, indo longe da trave de Dalton.
O tempo passava no Rei Pelé e chegando aos 18 minutos. O Botafogo passou a fazer mais mudanças em sua escalação. E o Galo começou a fazer as suas primeiras modificações. Aos 19′, Gegê cobrou mais um escanteio para o CRB, mandando no primeiro pau, mas Júlio Rusch afastou o perigo.
Talvez a melhor chance do CRB se deu aos 21 minutos: Formiga acionou Gegê na linha de fundo, que cruzou para trás, a bola desviou em Erick e sobrou para Welder. Ele bateu rasteiro e Dalton se esticou todinho, fazendo uma defesa milagrosa no Rei Pelé, impedindo o gol regatiano. A partida se encaminhava para os tiros livres da marca de pênaltis.
Passando dos 25 minutos, o CRB rondava a área alvinegra, mas não conseguia passar dos defensores do Belo e não construía jogadas. E assim o tempo passava. Aos 30 minutos, em tentativa regatiana, Gegê levantou a bola para Willian Formiga, mas ela correu demais e saiu pela linha de fundo, apenas em tiro de meta para o Belo.
Aos 36min, o regatiano Hereda recebeu a pelota no bico da grande área, puxou para a perna esquerda e chutou com força, vendo Dalton cair no canto esquerdo e fazer a defesa. Aos 38′, de novo o CRB perdeu uma grande chance. Welder ficou com a sobra da bola, na cara do gol, bateu e Dalton salvou com o pé esquerdo, numa defesa de pagar ingresso. O goleiro do Belo segurava bem o resultado.
O jogo se aproximava do final, chegava aos 45 minutos e ficava nervoso, sobretudo para o Galo, que foi todo para o campo de ataque, enquanto o Bota-PB se fechou todo. Não teve jeito. O árbitro assinalou 7 minutos de acréscimos, o jogo era tenso e a decisão foi mesmo para os pênaltis.
Nas cobranças das penalidades, deu Galo classificado para as semifinais da competição, após vencer por 4 a 3.
Ficha Técnica
CRB – Matheus Albino; Hereda (Matheus Ribeiro), Gustavo Henrique, Saimon e Willian Formiga; Falcão, Rômulo (João Neto), Gegê e Jorginho (Welder); Mike (Caio César) e Anselmo Ramon. Técnico: Daniel Paulista.
Botafogo-PB – Dalton; Erick, Sousa Tibiri (Lenon), Wendel Lomar e Evandro; Rodrigo (Reniê), Lucas Siqueira (Julio Rusch), Thallyson e Bruno Leite (Paulinho); Jean Silva e Bruno Mota (Pipico). Técnico: Moacir Júnior.
Árbitro – Leonilson Fernandes Trigueiro Filho (CBF/RN).
Assistentes – Lorival Candido das Flores (CBF/RN) e George Italo Antas Nogueira (CBF/RN).
Quarto árbitro – José Jaini Oliveira Bispo (CBF/AL).
VAR – Caio Max Augusto Vieira (CBF/RN).
Assistente do VAR – Cleriston Clay Barreto Rios (CBF/SE).
Fonte Gazetaweb