Francisco de Assis Costa assume a presidência da Academia Alagoana de Medicina

Cardiologista com 32 anos de carreira e raízes em Penedo, médico inicia gestão destacando desafios da medicina e a importância do conhecimento e da humanização

 

Francisco de Assis Costa, natural de Penedo, assumirá a presidência da Academia Alagoana de Medicina (AAM) no próximo dia 29 de janeiro, em uma cerimônia solene que marcará a transição para o triênio 2025-2027. Médico cardiologista, mestre e doutor pela Universidade Federal de São Paulo, ele traz para a gestão uma trajetória de 32 anos dedicados à prática e ao ensino da medicina.

Formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Francisco Costa relembra sua infância e juventude em Penedo, estudando em escolas públicas e alimentando um sonho que parecia distante. “Medicina sempre foi o sonho da minha vida, muitas vezes considerado inalcançável, dada a minha realidade da época”, revela. Apesar das adversidades, Costa encontrou na dedicação aos estudos a chave para sua realização profissional. “Sempre gostei de estudar, de ouvir e de cuidar das pessoas. Então eu não poderia abraçar outra profissão melhor, senão a medicina”.

“Sou um dos mais novos da nossa querida Academia. Por obra do acaso, fui convocado para ser o primeiro secretário, uma função que me possibilitou estar perto de todos os confrades e confreiras”, conta Francisco. Essa convivência, segundo ele, revelou-se fundamental. “A troca de conhecimentos e o aprendizado constante me fizeram adotar a AAM como uma segunda casa”.

A nova gestão pretende dar continuidade ao trabalho realizado por Ednaldo Francisco de Holanda Silva, presidente do triênio 2022-2024, com atenção especial à formação médica. “Na gestão que ora termina, isso foi motivo de grandes debates e discussões. Poder colaborar para um ensino médico de qualidade é uma das vias de aproximação da Entidade com os jovens médicos”, explica Costa. Ele acredita que fortalecer o diálogo entre gerações é essencial para enfrentar os desafios contemporâneos da profissão, especialmente em um cenário de avanços tecnológicos e inteligência artificial.

Ao refletir sobre o momento atual da medicina brasileira, Costa adota um tom de esperança e de convocação. “Uma mensagem de otimismo e de fé no futuro do Brasil. Conclamamos a todos que lutem sempre por uma medicina mais humanizada e ética. Paradoxalmente, tantos avanços tecnológicos podem fazer com que o médico volte às suas origens, cujo ponto forte é acolher, proteger e confortar seu paciente”.

O novo presidente também faz questão de dirigir um conselho direto aos jovens médicos: “Estudem muito e procurem se qualificar em alguma área. A quantidade de médicos formados no Brasil aumentou significativamente nos últimos anos e só os mais capazes sobreviverão a um mercado cada vez mais concorrido e voraz”.

Costa reconhece o dinamismo da profissão e reforça a necessidade de preservar o valor humano no cuidado ao paciente. “O surgimento da inteligência artificial, por exemplo, pode fazer com que o médico volte às suas origens, cujo ponto forte é acolher, proteger e confortar seu paciente, independentemente de quem ele seja. O paciente sempre se encontra numa posição de fragilidade diante de seu médico e, portanto, precisa ser ouvido e abraçado. Curar nem sempre é possível, mas aliviar as dores, do corpo e da alma, está sempre ao alcance do médico verdadeiramente comprometido com sua missão”.

Por redação  com Blog Maylson Honorato

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