Cármen Lúcia recebe maior honraria de museologia brasileira

Ela é primeira alagoana agraciada com a Medalha do Mérito Museológico em reconhecimento ao seu trabalho divulgação

Contar a história de Alagoas, com fatos, peças, artefatos, fotos e documentos exige dedicação e compromisso. E isso marcou a vida profissional e pessoal da museóloga Cármen Lúcia Dantas, ex-diretora do Museu Théo Brandão.

Pelo compromisso de vida e a dedicação à academia, Cármen – que integra o Conselho Estratégico da Organização Arnon de Mello – foi selecionada para receber a Medalha do Mérito Museológico na categoria Museóloga de Destaque.

A homenagem será realizada pelo Conselho Federal de Museologia (Cofem). A solenidade de entrega acontecerá no dia 13 de agosto, a partir das 19h, no auditório “B”, do Centro de Convenções, dentro da programação da X Bienal do Livro.

Mulher multimídia, Cármen sempre partiu para a ação. Registre-se que é dela o envolvimento editorial com a produção de fascículos que ajudam a atualizar e contar a história de Alagoas em obras que também já entraram para a memória dos alagoanos.

Quando é para falar de Alagoas, seu passado, para nos ajudar a entender o presente, Cármen encara às câmeras, os microfones, sessões de foto, o que for necessário. Foi, tem sido e será sempre assim, pois tem prazer em dividir o que sabe. E como sabe.

Sensível à causa da memória, ela lutou com fibra para preservar o Museu Théo Brandão, quando há 27 anos o reformou com tanto zelo, assim como os recursos públicos, que até sobrou dinheiro e foi devolvido.

O gesto que, para ela, foi simples, além de incomum, também entrou para a história e o seu extenso currículo.

A honraria que vai receber é algo inédito no Estado, já que será a primeira a alagoana a recebê-la. Ao falar sobre a indicação Cármen falou da felicidade e em mais um gesto de devoção ao trabalho e humildade, reconheceu que só chega a este momento por conta das muitas pessoas com quem trabalhou.

“É um impacto feliz por essa distinção vinda do Conselho Federal de Museologia e da Ufal, onde dediquei minha vida profissional através do Museu Théo Brandão. E costumo dizer que ele é a minha paixão profissional. Mas, ninguém recebe uma homenagem dessa sozinha. Essa comenda é, também, de todos aqueles que trabalharam comigo ao longo de algumas décadas. E ainda com a imprensa alagoana que sempre me deu irrestrito apoio a todas as atividades culturais em que estive à frente. Muito obrigada a ela, aos alagoanos a todos com quem divido essa comenda. Muito obrigada!”, declarou Carmem.

RECONHECIMENTO

Ao comentar a homenagem, o presidente do Confem, Marco Antônio, afirmou que a concessão da honraria é uma forma de reconhecer os profissionais que de alguma maneira foram destaque para a promoção da museologia.

“É uma forma de reconhecer esses profissionais e o trabalho que fizeram pela museologia nos estados e para o país. E, também, evidenciar a museologia para todo o território nacional. As indicações foi feita pelo conselho da 1° Região. Nesse caso de Cármen Lúcia ela tem uma grande importância para o patrimônio do Estado de Alagoas”, lembrou Marco Antônio.

Ele destacou o papel que Cármen assumiu no comando do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Alagoas e no comando da Fundação Teotônio Vilela, o “Menestrel das Alagoas” como ficou conhecido nacionalmente.