Nos pênaltis, CSA vence Coruripe e enfrenta o ASA na semi da Copa AL
Na noite desta quinta-feira (23), o CSA voltou aos gramados menos de 24 horas após perder para o Sport na Copa do Nordeste. Contudo, o resultado agora foi outro, enfrentando o Coruripe, pelas quartas de final da Copa Alagoas. Em pleno Estádio Gerson Amaral, em Coruripe, o Azulão venceu o Hulk por 5 a 4 nos pênaltis e conseguiu a classificação para as semifinais.
O duelo foi um sufoco tremendo para os azulinos, que sofreram pressão durante quase todo o embate. No tempo normal, o jogo terminou 1 a 1. O gol do Azulão foi marcado pelo zagueiro Xandão, de falta, ainda na primeira etapa. Everson Vó empatou para o Hulk na reta final do tempo regulamentar.
Já na marca da cal, Willames José perdeu a primeira cobrança do Hulk e abriu alas para o CSA vencer, já que nenhum azulino perdeu. O confronto ainda teve um sentimento de vingança, já que o Coruripe havia eliminado o CSA do Campeonato Alagoano.
A temporada se encerra para o Hulk com esta eliminação. A equipe não conseguiu a tão sonhada vaga na Série D do Campeonato Brasileiro no ano que vem e só volta aos trabalhos na próxima temporada, onde disputa o Alagoano. Já o CSA, se prepara para enfrentar o rival ASA, já neste final de semana, em Arapiraca. O clássico será neste domingo (26), às 16h.
PRIMEIRO TEMPO
O jogo começou com um ar de muita tensão para ambos os lados. O Coruripe, porém, teve mais a bola no início, tentando atacar o time azulino, que se postou bem na defesa. Com 8min, quem assustou foi o CSA. Tomas Bastos cobrou uma falta bem venenosa pelo lado esquerdo. A bola pingou na frente do goleiro Gean e por pouco ninguém desviou para o gol.
O lance assustou o Hulk, que ainda não havia testado Dalberson. Com 11min, João Grilo tratou de amedrontar os azulinos, com um chutaço de fora da área. A bola raspou o travessão e preocupou a defesa maruja. A partida se encaminhava com muito equilíbrio, lembrando bastante o confronto que aconteceu há pouco tempo, no Alagoano.
Todavia, o CSA conseguiu quebrar a defesa do Hulk em um lance belíssimo. Em uma falta de muito longe, aos 16 minutos, o zagueiro Xandão chamou a responsabilidade. Gean armou uma barreira pequena e só assistiu ao foguete do zagueiro, direto no gol para abrir o placar: 1 a 0 para o Azulão.
Com o placar inaugurado, as coisas esquentaram dentro de campo, inclusive o ânimo dos jogadores. O Coruripe se mostrou um pouco afobado, encontrando dificuldades para atacar. Com 24min, Danilo aproveitou uma bobeira da defesa maruja e tocou para Tatá sair na cara do gol. Por sorte, Xandão chegou na hora certa para cortar.
Quem também falhou foi a defesa do Coruripe, com 27min. Em um lance muito rápido, a bola chegou pela direita com Gabriel Taliari, que venceu a marcação e tocou para Kaio Nunes arrematar. O atacante chegou inteiro, mas Gean fez uma defesaça para salvar o Hulk. Com 32min, Dinda tentou de cabeça, fora da direção do gol. Na sequência, foi a vez de João Grilo tentar. Em jogada individual, o meia driblou muita gente, mas finalizou todo
Aos poucos o Coruripe foi crescendo no jogo. Com 37min, Dalberson precisou ser herói. Felipe tocou para João Grilo na área, que girou e finalizou com força, quase empatando. Já Danilo, aos 38 minutos, recebeu a posse da entrada da área e chutou de três dedos, passando pertinho do ângulo. A pressão praiana não parou por aí. Com 41min, novamente João Grilo arriscou e a redonda tirou tinta da trave.
Os minutos finais foram do CSA se defendendo e o Hulk amassando. Com 46 minutos, veio a chance mais clara do Coruripe. Luiz Fernando recebeu de Grilo na área. Sozinho, o camisa 20 chutou firme e Dalberson defendeu com as pontas dos dedos, para garantir a vitória parcial no primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
Os dois clubes voltaram com mudanças, na tentativa de melhorar o desempenho, e parece que funcionou. Com 4min, ainda frio no jogo, Palhinha aproveitou a falha de Willian e chutou forte, mas faltou direção. Palhinha seguiu sendo o jogador mais incisivo do Hulk, porém, Bergantin armou um time muito forte lá atrás.
Tanto que o jogo já batia 15 minutos, e o Coruripe ainda não tinha voltado a assustar o goleiro Dalberson. Aos 17min, Zeca chegou com muita velocidade na esquerda e cruzou, mas o arqueiro azulino interceptou. Com 20, o goleiro não pôde fazer nada. Palhinha lançou para Everson Vó na ponta. O atacante invadiu para finalizar, mas foi atrapalhado por Rhuan e perdeu o lance.
Por volta da metade do segundo tempo, o time do CSA já começou a famosa cera, para retardar o andamento da partida. Entre as poucas chances que teve, o Azulão só veio finalizar com 27 minutos, com chute de Geovane, de muito longe. Sem perigo para o goleiro Gean.
O Coruripe estava completamente atirado no ataque, por isso, deixou a defesa toda aberta. Gean errou muito feio na saída de bola e Luis Felipe ficou ela. O atacante driblou na área e finalizou por cima do gol, aos 31min. Com o passar do tempo, o jogo ia perdendo ritmo, e sem uma aparente reação do clube praiano.
Recuado, o CSA teve um castigo pesado aos 39 minutos do segundo tempo. Em um lançamento para área, Tatá Baiano tentou o domínio, mas não conseguiu. Por sorte, a bola sobrou logo com Everson Vó, que chutou um petardo no canto, sem chances para Dalberson: 1 a 1 e festa no Gersão.
O placar foi um balde de água fria para os azulinos, que contavam com a classificação. Com o empate levando aos pênaltis, os clubes pareciam satisfeitos. O Hulk ainda deu alguns sustos. Com 47min, Tatá Baiano tentou de cabeça, mas faltou força para virar. Assim, aos 50min, o apito final soou. Empate e decisão nos pênaltis.
Pênaltis
Quem começou as cobranças foi Willames José, do Hulk, mas o zagueirão chutou para fora. Taliari, na sequência, fez diferente e colocou o Azulão na frente. Com sua equipe em desvantagem, Palhinha cobrou forte e Dalberson chegou a defender, contudo, a bola entrou: 1 a 1. Rhuan, todavia, no seu pênalti tratou de recolocar o clube azulino na frente.
Dinda, na terceira penalidade praiana, empatou mais uma vez: 2 a 2. Luís Felipe foi com a responsabilidade e quase perdeu, mas a bola entrou no cantinho: 3 a 2. Tatá Baiano, bem mais tranquilo, deixou tudo igual novamente. Cedric, na quarta cobrança, deixou 4 a 3 para o CSA, pondo uma pressão imensa nas costas de Zeca, que não podia perder.
O lateral nem se intimidou e chutou no ângulo. Entretanto, a possibilidade da vitória do CSA veio na quinta penalidade, com Geovane. E o meia foi certeiro. Bola no canto e CSA nas semifinais da Copa Alagoas.
FICHA TÉCNICA
Coruripe – Gean; Júnior (Tico (Rodrigo)), Breno, Willames José e Danilo (Zeca); Felipe, João Grilo (Perea) e Dinda; Luiz Fernando (Palhinha), Tatá Baiano e Everson Vó. Técnico: Alyson Dantas.
CSA – Dalberson; Cedric, Xandão, Douglas e Rhuan; Moisés Ribeiro, Yago Henrique (Willian Oliveira) e Tomas Bastos (Celsinho); Iago Teles (Luis Felipe), Gabriel Taliari e Kaio Nunes (Geovane). Técnico: Vinícius Bergantin.
Gols – Xandão (CSA – 16’/1T), Everson Vó (COR – 39’/2T)
Pênaltis Coruripe – Willames José (perdeu), Palhinha, Dinda, Tatá Baiano e Zeca.
Pênaltis CSA – Gabriel Taliari, Rhuan, Luís Felipe, Cedric e Geovane.
Cartões amarelos – Iago Teles (CSA), João Grilo (Coruripe), Luis Felipe (CSA), Willames José (Coruripe), Douglas (CSA), Felipe (Coruripe)
Árbitro – Marcio dos Santos Oliveira (FAF)
Assistentes – Wagner Jose da Silva (FAF) e Geovanio de Almeida Santos (FAF)
Quarto árbitro – Gleiton Lins Vieira (FAF)
DP C/ GazetaWeb