‘Malas já estavam prontas para voltar’, diz irmã de modelo brasileira morta nos EUA

modelo Gleise Graciela Firmiano, de 30 anos, que morreu após ser baleada pela polícia dos Estados Unidos, no dia 30 de janeiro, tinha planos de voltar ao Brasil entre os meses de março e abril. Segundo a família, a meta era abrir agências de modelos em Aracaju e no Rio de Janeiro, cidades onde morou antes de sair do país.“As malas já estavam prontas para voltar”, disse a irmã Cleane Firmiano. De acordo com ela, o relacionamento de dois anos com um ex-marinheiro americano já havia terminado há alguns meses, mas eles continuavam morando na mesma casa.

Nascida em Penedo (AL), Gleise era a quarta filha de uma família de 11 irmãos, que atualmente moram em Sergipe e Alagoas. Saiu do Brasil com o ensino médio, aprendeu a falar inglês e espanhol e conheceu países como México e Itália.

“Ela sempre sonhou em ter o melhor e ajudar a família. Sempre ajudava nossa mãe, os irmãos, os sobrinhos. Todo final de ano mandava algo, não pensava só nela. Não existia pessoa melhor”, lembrou Cleane.

Há oito anos morava na cidade de San Bernardino, no estado da Califórnia (EUA), onde atuava como modelo. Segundo relato da irmã, ela conheceu o ex-marinheiro em uma academia, eles começaram a namorar e resolveram morar juntos. Ela afirma ainda que Gleise nunca relatou agressividade por parte do namorado.

O caso

 

A família foi comunicada da morte da brasileira no dia 10 de fevereiro, cerca de 10 dias após a morte. Segundo relato da família, os policiais informaram que ela teve uma briga com o ex-namorado, pegou o carro e o cachorro e saiu de casa com uma das armas dele. Quando foi encontrada, durante a abordagem, ela colocou a mão na arma e os policiais atiraram.

Inconformada com as poucas informações que recebeu, a irmã chegou a perguntar ao ex-namorado, a quem não conhece bem, o motivo dele ter acionado a polícia. “Ele disse que ficou com medo de que ela fizesse uma besteira”.

Mais de um mês depois da morte, o corpo permanece nos Estados Unidos. A família tentou ajuda com o Governo Federal para trazer o corpo para Brasil, mas não teve retorno. Nesta quarta-feira (15), o governo de Alagoas informou que vai arcar com os custos, que é de cerca de R$ 70 mil.

g1 entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores. Por meio de nota, o Consulado-Geral do Brasil em Los Angeles informou que prestou a assistência aos familiares, e destacou que não há previsão regulamentar e orçamentária para o pagamento do traslado com recursos públicos.

“Em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com autoridades locais e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito”.

O g1 também procurou a polícia do Estados Unidos para buscar um posicionamento sobre o caso, mas até o momento não houve retorno.

DP  C/ G1/SE

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