Reinvenção das eleições municipais em meio à pandemia do coronavírus

Com o cenário de lives nas redes sociais e milhares de opções de conteúdos disputando a atenção dos espectadores, especialistas em comunicação e advogados se uniram para debater como serão realizadas as campanhas eleitorais municipais em 2020. Todos concordam que o digital pode ser a resposta mais concreta nesse momento. O fato é que o candidato corre o risco de ser mais um no meio da multidão, por isso o amadorismo não terá espaço em 2020.

As eleições deste ano passarão por mudanças já nas convenções partidárias, que anteriormente, demonstravam força ao aglomerar o maior número de pessoas. Para Flávio Holanda, CEO da KNew Estratégia, empresa de comunicação e estratégia, a internet é a única certeza desta eleição.

“A mudança mais significativa até agora é a convenção partidária virtual”

FOTO: Reprodução

“A mudança mais significativa até agora é a convenção partidária virtual, por isso o que vai fazer a diferença, assim como nas campanhas anteriores, será a estratégia utilizada pelos candidatos para encontrar e captar a atenção dos seus eleitores na internet. E já enxergamos erros estratégicos nas atuações dos gestores públicos atuais.  Alguns não possuem sequer uma página nas redes sociais e isso vai atrapalhar muito durante a campanha”, explicou Flávio.

“As atividades tradicionais de campanha serão repensandas”, afirma José Marques.

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Para José Marques, advogado e professor universitário, as atividades tradicionais de campanha serão repensadas pelas agremiações. “Penso que a eleição em 2020 passará ainda mais pela internet com o bom uso das redes sociais, como já vem sendo verificado nas últimas eleições. O contato nas ruas ou em grandes reuniões, serão repensadas. Não descarto a possibilidade dos atos tradicionais de campanha, mas vai depender muito de como estaremos no cenário da Covid-19 e o que poderá ser definido pelo TSE”, afirmou.

Segundo especialistas, quem não souber se adaptar a essa transformação na corrida eleitoral, encontrará resultados negativos nas urnas. “Temos que reinventar tudo que conhecemos sobre a corrida eleitoral. Há possibilidade de não termos passeatas, os diálogos presenciais com eleitores podem sofrer restrições, apertos de mão já não são mais recomendados. Será um novo tipo de política, possivelmente mais digital, a qual não estamos totalmente adaptados”, reiterou Holanda.
O advogado eleitoral, Gustavo Ferreira, avalia que a mudança das eleições para novembro ou dezembro deste ano pode permitir que os atos tradicionais de campanha sejam realizados. “A finalidade desta mudança é justamente garantir a prática desses atos. A importância das redes sociais é inquestionável, vimos nas últimas eleições, mas não acredito em uma campanha 100% digital. O ser humano precisa de olho no olho, de proximidade física”, esclareceu.

Gustavo Ferreira, avalia que a mudança das eleições para novembro ou dezembro deste ano, pode permitir que os atos tradicionais de campanha sejam realizados.

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Os números na internet passarão para primeiro plano nas estratégias de uma campanha eleitoral, pois será através dela que o candidato vai demonstrar sua relevância entre os eleitores. Quem já tem esse poder de mobilização sairá na frente, e a chave é começar a envolver o usuário na sua estratégia de comunicação. Só assim o candidato deixará de ser mais um na multidão infinita da rede mundial de computadores.

* Com informações da assessoria de imprensa.

Fonte:Gazetaweb

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