Plano de saneamento vai investir R$ 2,5 bilhões em Maceió e 12 cidades da região metropolitana
Com uma meta ambiciosa de reduzir para seis anos o que poderia levar até um século para ser alcançado, o edital de concessão do saneamento de Maceió e Região Metropolitana será lançado até a primeira quinzena de fevereiro. Estão previstos investimentos de R$ 2,5 bilhões por meio de Parceria Público-Privada (PPP), que vai atender a capital e mais 12 cidades do entorno da Grande Maceió.
“A Casal [Companhia de Saneamento de Alagoas] tem 60 anos e Maceió tem hoje 35% de cobertura de saneamento, enquanto a Região Metropolitana tem 29%. A Casal dispõe de uma baixa capacidade de investimento e os sistemas municipais também. Para a Região Metropolitana suprir essa necessidade de saneamento, são necessários aproximadamente R$ 2 bilhões, que é a obrigação que o concessiońario vai ter que cumprir”, explica o secretário de Estado da Infraestrutura, Maurício Quintella.
Serão R$ 2 bilhões nos primeiros seis anos de concessão, que é diferente de privatização, já que o edital propõe uma concessão de parte dos serviços de saneamento para a iniciativa privada e não o todo.
“Se fossemos hoje depender da capacidade de investimento das empresas públicas, tanto estaduais quanto as dos sistemas municipais, nós teríamos aí um horizonte de um século para cumprir a meta de saneamento. Com a concessão, o compromisso de cumprir a universalização da água é de seis anos, uma água de boa qualidade, tratada”, revela Quintella.
Nesse momento, o edital contempla Maceió e a Região Metropolitana, num total de 13 municípios. “Alagoas saiu na frente de todos os estados do Brasil com essa concessão do saneamento. Nós somos o primeiro que vamos a mercado com essa proposta. Há uma expectativa muito grande do mercado, do setor privado”, completa o secretário de Infraestrutura.
O Plano Nacional de Saneamento exige que a universalização da água seja feita até 2033. Com o edital de concessão, o governo do Estado resolveu enfrentar esse desafio, mas preservando a Casal como empresa pública, que continuará produzindo, tratando e vendendo a água para a iniciativa privada. Esta, por sua vez, vai investir, ampliar o sistema de água, as redes de esgoto e tratamento.
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