Penedo: Allê, o Santo: o artista que bebe do velho chico para encantar o mundo
Do coração da cidade histórica de Penedo, às margens do imponente Rio São Francisco, surge um talento que transforma a cultura em sua morada. Allê, o Santo, é um jovem multifacetado que, aos 27 anos, já soma 12 dedicados ao fazer artístico. Cantor, poeta, escritor, e pesquisador, ele não apenas respira cultura: Allê vive, molda e recria a essência de ser artista. Allê é um daqueles raros talentos que consegue carregar as raízes de sua terra natal para o mundo. A musicalidade que embala seus versos é impregnada pelas dores, amores, sonhos e esperanças que permeiam a experiência de ser negro, LGBTQIA+ e nordestino. Suas canções, que misturam a nova MPB, Blues e Soul, ecoam como uma ode à resistência e ao poder de acreditar em si mesmo.
Premiações e Reconhecimentos
Em 2024, Allê conquistou o quarto lugar no VI Festival Em Cantos de Alagoas com a canção “A Casa ou A Pressa de Não Mais o Ser”, um marco que destacou sua profundidade poética e musical entre os maiores artistas do estado. Seu talento ainda o levou a integrar o projeto SURURU MUSIC, dirigido pelo renomado Fernando Nunes, onde representou com orgulho a cidade de Penedo.
Além disso, o jovem artista brilhou no Carranca Festival, executando um showcase que reafirmou sua versatilidade e potência artística. Na II Mostra Velho Chico de Música Autorais, ele foi selecionado com as canções “Acoria” e “Ressaca”, mostrando que sua arte é, ao mesmo tempo, local e universal.
Arte em Multiplataformas
Não é apenas na música que Allê se destaca. Como escritor, ele publicou o livro “Dê-me a Mão” pela Editora Multifoco, que explora os sentimentos mais humanos em uma linguagem poética e visceral. E já prepara para este ano o lançamento de “Guarda-Sóis”, pelo selo literário independente ChicoPIÁ, uma obra que promete consolidar ainda mais sua voz na literatura brasileira.
Seu EP “Ressaca”, disponível em todas as plataformas digitais, é mais uma prova de que a arte de Allê é um reflexo de sua alma inquieta e criativa, capturando os altos e baixos de uma vida entregue à sensibilidade.
Bebendo do Velho Chico, Alçando Voos Altos
“É o Velho Chico que me constrói,” diz Allê, com o olhar carregado de gratidão. A conexão com o rio que banha Penedo é quase espiritual, uma metáfora para sua jornada: assim como o São Francisco atravessa fronteiras e nutre vidas por onde passa, Allê leva sua arte e sua essência para além de Alagoas, tocando aqueles que encontram sua música e sua escrita.
Seus passos são marcados pela fé nos próprios sonhos. Cada canção, poema e apresentação carrega a mensagem de que acreditar é o primeiro ato revolucionário. Para Allê, o sucesso não é apenas chegar longe, mas também inspirar outros a trilharem seus próprios caminhos.
Uma Voz para o Futuro
Allê, o Santo, é um artista que não apenas se apresenta: ele se doa. Sua obra é um convite a olhar para dentro, a sentir as margens da alma e navegar por elas. Ao trazer as cores de Penedo para o mundo, ele prova que talento, quando aliado à autenticidade e ao trabalho árduo, pode superar qualquer barreira. Com o coração banhado pelo Velho Chico e os olhos voltados para o horizonte, Allê é a prova viva de que acreditar nos próprios sonhos é o primeiro passo para transformá-los em realidade. “Minha arte é minha voz, e minha voz é minha verdade,” conclui ele, deixando claro que este é apenas o alvorecer de uma carreira brilhante.
Fonte 7 Segundos C/ Blog Empreendedorismo