Pior semana do governo é marcada por derrotas e ministros sob pressão

Fora de Brasília, Lula acompanhou de longe a tempestade que se abateu sobre o governo. Presidente retorna ao Brasil neste sábado (15/6)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acumulou derrotas ao longo da semana, com a manutenção da greve de professores universitários, o leilão do arroz anulado e a pressão sobre dois ministros. O chefe do Executivo federal, que passou a maior parte da semana fora de Brasília, retorna da Europa com uma série de assuntos a serem resolvidos.

O primeiro deles é a situação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), que foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por participação em organização criminosa e crime de corrupção passiva.

A suspeita envolve desvios de emendas parlamentares em obras custeadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), quando ainda era deputado. Juscelino se diz inocente.

Apesar da pressão de alas petistas pela saída do ministro, o governo tem colocado panos quentes sobre o caso. Lula defendeu que Juscelino “tem o direito de provar que é inocente”. Os dois devem se reunir após o retorno do chefe do Executivo a Brasília, previsto para este sábado (15/6).

Haddad no olho do furacão

A semana também foi turbulenta para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que enfrentou mais uma queda de braço com o Congresso Nacional. Na terça-feira (11/6), o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou a devolução de trechos da medida provisória apresentada como alternativa para compensar a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia e dos municípios.

Apelidado de MP do Fim do Mundo, o texto restringia a compensação de créditos do PIS e da Cofins. A medida foi rechaçada por parlamentares e setores produtivos, como o do agronegócio, que reclamavam sobretudo do impacto da proposta ao caixa das empresas.

No dia seguinte à devolução da MP, Haddad teve que lidar com o mau humor do mercado financeiro. Na quarta, o dólar atingiu a maior alta desde o período da transição de governo, ultrapassando os R$ 5,40.

A subida foi reação a uma fala de Lula, que disse não conseguir discutir economia sem “colocar a questão social na ordem do dia” e que o “mercado (financeiro) não é uma entidade abstrata, apartada da política e da sociedade”.

Depois, Haddad, ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), disse que o governo estuda intensificar a agenda de corte de gastos, o que acalmou os ânimos do mercado.

Greve continua

Outra má notícia para o governo federal é a continuação das greves nas universidades e nos institutos federais, mesmo depois do anúncio de R$ 5,5 bilhões de Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na área da Educação. Os professores completam, neste fim de semana, dois meses de paralisação. A expectativa do Executivo é o fim do movimento em breve.

A principal demanda está em torno de melhores salários, mas o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) diz ter chegado ao “limite” do orçamento para mais negociações nesse sentido.

Na sexta, o Ministério da Educação (MEC) propôs mexer com a carga horária e o registro de ponto eletrônico do EBTT, que contempla os professores dos institutos federais, mediante a revogação da Portaria nº 983/2020, editada pelo governo Jair Bolsonaro (PL). Nas próximas semanas, os movimentos vão se reunir com suas bases para

Leilão de arroz anulado

Outro tema que provocou dor de cabeça recentemente foi a importação de arroz. A medida era uma aposta para melhorar a popularidade do presidente Lula, oferecendo o produto por um preço mais barato nos supermercados – de, no máximo, R$ 4 o quilo.

A compra de 300 mil toneladas do cereal tinha como pano de fundo as chuvas no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção de arroz no país. Apesar de não haver risco de desabastecimento, a preocupação era com a elevação dos preços para o consumidor.

Mas, após suspeitas de irregularidades no processo, o leilão acabou anulado. Segundo o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, a decisão foi tomada depois de as empresas vencedoras apresentarem “fragilidades”. A PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) vão investigar o caso.

A crise resultou na demissão do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. A expectativa é que novo edital para compra de arroz seja publicado nos próximos dias.

discutir o fim da greve.

Leilão de arroz anulado

Outro tema que provocou dor de cabeça recentemente foi a importação de arroz. A medida era uma aposta para melhorar a popularidade do presidente Lula, oferecendo o produto por um preço mais barato nos supermercados – de, no máximo, R$ 4 o quilo.

A compra de 300 mil toneladas do cereal tinha como pano de fundo as chuvas no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção de arroz no país. Apesar de não haver risco de desabastecimento, a preocupação era com a elevação dos preços para o consumidor.

Mas, após suspeitas de irregularidades no processo, o leilão acabou anulado. Segundo o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, a decisão foi tomada depois de as empresas vencedoras apresentarem “fragilidades”. A PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) vão investigar o caso.

A crise resultou na demissão do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. A expectativa é que novo edital para compra de arroz seja publicado nos próximos dias.

Fonte  Metrópoles

 

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