Van com trabalhadores resgatados no ES quebra na estrada e atrasa chegada em Alagoas

Expectativa era que eles chegassem por volta das 19h em Penedo. Grupo relatou que não recebia pagamento e que vivia em condições insalubres.

A van com os trabalhadores alagoanos resgatados em situação análoga à escravidão em uma fazenda de café no Espírito Santo quebrou na estrada em Sergipe. O grupo saiu do estado capixaba na quarta-feira (15) e deveria chegar em Alagoas por volta das 19h desta quinta-feira (16), mas esse retorno deve demorar mais um pouco.

Os 12 alagoanos, sendo 11 homens e 1 mulher, viajaram para o Espírito Santo no início do mês, com a promessa de trabalhar em uma lavoura de café.

Van com trabalhadores resgatados situação análoga a escravidão no ES quebra na estrada e a atrasa chegada a Alagoas — Foto: Arquivo pessoal

“Estou com muita ansiedade para voltar para casa e rever a família. Todo mundo está ansioso”, disse uma das trabalhadoras resgatada, Wagna da Silva, em entrevista ao g1.

 

Cerca de 1.338 km separavam Penedo, a cidade natal das vítimas, e o sonho de construir uma vida melhor em outro estado, que acabou se tornando um pesadelo.

Em um vídeo que viralizou nas redes sociais (veja abaixo), os trabalhadores disseram que não estavam sendo pagos pelos trabalhos, que não havia café suficiente para colheita e que estavam morando em situação insalubre, sem água tratada para beber e em um local com muitos insetos.

Além disso, precisavam pagar pela comida e a dívida já estava em R$ 11 mil. Os documentos pessoais dos trabalhadores ficaram retidos pelo dono da fazenda, o que impedia o retorno deles para Alagoas.

“Não desejo isso para ninguém. A gente sempre vê isso acontecer isso, mas nunca espera que vai acontecer com a gente”, lamenta Wagna.

O resgate aconteceu na terça-feira (14), depois que o vídeo chegou ao conhecimento da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas, que acionou a Polícia Militar capixaba para resgatar os trabalhadores.

A operação de resgate contou com a participação do Ministério do Trabalho, Polícia Federal e Ministério Público da União.

Fonte G1/AL

.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo