Padre apresentador da Canção Nova é preso sob acusação de estupro e importunação sexual
Alexandre Paciolli, 55 anos, é suspeito de estupro de vulnerável e importunação sexual contra uma mesma mulher
A Arquidiocese do Rio de Janeiro informou ter afastado o padre de todas as funções e iniciado uma investigação sobre ele. A reportagem não localizou representantes do padre para que se pronunciem sobre a prisão e a decisão de afastamento.
Segundo o MP-RJ, no caso que ensejou sua prisão, o padre se aproveitou da ingenuidade e da fé da vítima para, sob o pretexto de estar sentindo fortes dores, praticar atos libidinosos com a vítima.
Pelo respeito e confiança que tinha em relação ao padre, a mulher não conseguiu oferecer resistência. A importunação sexual ocorreu em agosto de 2022 e o estupro de vulnerável, em janeiro de 2023, afirma o MP-RJ.
O caso foi investigado pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Nova Friburgo, que ofereceu denúncia no dia 26 de março passado. Simultaneamente, o MP-RJ pediu à Justiça a decretação de prisão preventiva contra o padre.
A 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo expediu a ordem de prisão e Paciolli foi capturado na casa de seu pai, em Fortaleza, durante ação conjunta entre a Promotoria de Investigação Penal de Nova Friburgo, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Nova Friburgo e a Delegacia de Narcóticos da Polícia Civil do Ceará.
Segundo o MP-RJ, a Arquidiocese do Rio de Janeiro já recebeu diversas notícias de abusos sexuais cometidos pelo padre, havendo investigações policiais em curso em outras comarcas do Estado.
Nascido em Fortaleza, Paciolli frequentou o Colégio Naval e a Escola Naval antes de decidir se dedicar ao sacerdócio. Foi ordenado padre em 2001, e em 2015 fundou a Comunidade Católica Olhar Misericordioso.
De 2016 a 2022 foi reitor da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, que fica na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio). Também foi responsável pela igreja de São José da Lagoa, na zona sul do Rio, e apresentou vários programas na TV Canção Nova.
Fonte Estadão