Opinião: “O ministério precisa de ajustes. Lula está governando com os olhos voltados para o retrovisor”.

O governo Lula (PT), que está no início do seu terceiro mandato presidencial, precisa de mais uma reforma em seu ministério.

Ele próprio admite essa necessidade.

Analistas políticos também concordam com essa ideia, embora admitam que as alterações ministeriais devem atender a certos critérios.

Um desses jornalistas é o jornalista Josias de Souza, colunista do portal UOL:

“Lula deveria refletir sobre os rumos do seu governo antes de pensar em fazer uma segunda reforma ministerial.

O ministério precisa de ajustes. Quem está informando isso é a sociedade brasileira por meio de pesquisas. O governo não está agradando e há um certo cansaço com pouco tempo. É preciso recordar que, em um ano e três meses de governo, Lula já está planejando sua segunda reforma. Na primeira, ele instalou gambiarras do centrão e um ex-magistrado [Ricardo Lewandowski].

O presidente corre o risco de chover no molhado com essa segunda reforma se não recorrer a um instrumento que parece indisponível na caixa de ferramentas do Palácio do Planalto: a autocrítica. O problema do governo não se restringe ao desempenho dos ministros; é também o Lula, que está governando com os olhos voltados para o retrovisor.

Lula deveria enxergar que ele mesmo faz parte das dificuldades enfrentadas pelo seu próprio governo, o que o ajudaria a compreender como sua aprovação está praticamente empatada com a rejeição, como apontou pesquisa do Datafolha.

Pelo que se prenuncia, Lula trocará seis por meia dúzia. O problema do governo é mais profundo do que isso. O presidente precisa fazer uma análise sobre a forma como está governando, parar de olhar para o retrovisor e compreender que 2024 não é 2003, 2004. O que mais o incomoda é a sensação de que ele já não é mais visto pela sociedade como era antigamente.

É preciso ver se Lula não vai apenas trocar de cúmplices. O que precisa haver antes da reforma ministerial, que é até necessária e as pesquisas indicam a necessidade de rejuvenescer o governo, é uma autocrítica do dono da caneta.”

Fonte TNH1 c/ Flávio Gomes de Barros

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