Movimento realizou 24 invasões em 11 estados durante Jornada Nacional de Lutas, que iniciou nesta segunda-feira (15/4)
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) relata conflito durante ocupações de terras em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e no Distrito Federal. O grupo iniciou a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária nesta segunda-feira (15/4) e seguirá até sexta-feira (19/4).
Em São Paulo, a invasão de terra foi reprimida pela Polícia Militar nos municípios de Campinas e Agudos. As famílias tentaram negociação para manter acampamento em áreas ocupadas.
O assentamento Josué de Castro, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, foi cercado por policiais militares, com uso de drones e bloqueadores de sinal. O local foi criado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 2007.
A coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, mostrou que o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, espera que as novas invasões do MST sejam desmobilizadas rapidamente.
Líderes do MST afirmam que a retomada das invasões acontece para pressionar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela reforma agrária. “Vem de encontro às duas grandes prioridades do Governo Lula e ao cumprimento da função social da terra, que são o enfrentamento à fome e os cuidados com o meio ambiente”, destaca Ceres Hadich, da coordenação nacional do movimento.
“Essas demandas são direitos básicos que toca ao Estado resolver. É imprescindível também que a Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, seja fortalecida e protagonista da retomada de políticas de abastecimento, formação de estoques e regulação de preços e que tenha seu orçamento recomposto para que todo o povo brasileiro tenha acesso ao alimento, com preço justo e de qualidade”, pontua Hadich.
A Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária realizou, até o momento, a ocupação de 24 terras em 11 estados. Foram mobilizadas mais de 20 mil famílias.
Fonte Metrópoles