A verdade é que nos torna mais exigentes com o passar dos anos.

A verdade é que nos tornamos mais exigentes com o passar dos anos. Com o correr da vida.
Isso acontece com quase tudo. Especialmente com os
amores. E com os vinhos.
Não há quem não se torne mais seletivo com relação as pessoas que entram em nossos corações e com as garrafas que colocamos nas nossas prateleiras.
Quando ainda jovens é normal buscarmos relacionamentos e vinhos menos elaborados. Somos menos seletivos, digamos. Mas a verdade é que a ressaca de amor, assim como a de vinho, causa menos problemas durante a juventude. Por isso o que nos resta é apreender a escolher melhor, apesar dos percalços.
Não há quem não tenha deixado escapar por entre os dedos, tanto garrafas quanto amores. Caras e baratas. Não importa, são iguais quando se espatifam pelo chão. Vinho que segue.
Com o tempo aprendemos o valor dos amores e dos sabores. Dos aromas e dos sorrisos. Da lealdade e do Tanino.
Queremos vinhos secos e pessoas suaves.
Com o tempo deixamos de nos satisfazer com qualquer Mioranza ou qualquer amor de carnaval. Com o tempo aprendemos mais sobre as uvas e os uivos. A harmonização e o companheirismo. A troca de taças e de carícias. O poder da rolha e do beijo. Sobre a plantação e a colheita. Sobre a importância de ter alguém ao seu lado que, assim como uma boa safra de uvas, resista as piores adversidades para te entregar a melhor experiência.
Com o tempo aprendemos que o amargo também é um sabor e que o amor próprio é, dentre todos os sentimentos, o que tem mais valor.
Desejo que a sua vida seja repleta de rolhas de paixão, garrafas de saudade e taças de sentimentos bons.
Que você se torne um enólogo bom o suficiente para saber analisar rótulos, sabores e pessoas. E que na adega da sua vida sempre tenha aquela garrafa especial que você sabe que nunca vai te decepcionar.”
Darly Santana C/ Rafael Guimarães
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