Pressionado por mobilização de PMS, governo de AL recua e agenda reunião com lideranças
Após meses de pressão dos militares e o aumento da insatisfação dentro da tropa com o governo Renan Filho, o Estado recuou e agendou uma reunião com as entidades militares para esta quarta-feira (9). As demandas a serem levadas para o chefe do executivo estadual são: Sistema de Proteção Social, Reorganização do Q.O [Quadro Organizacional] e Escalonamento Vertical.
Durante a assembleia geral realizada nesta terça-feira (8) foi votada também a não adesão à Força Tarefa. Os militares decidiram que será cobrado do Estado que forneça um tablet com pacote de dados para a operacionalização do serviço dos policiais militares durante seu trabalho, pois a partir desta terça-feira (8) não serão mais utilizados seus celulares pessoais.
Após a reunião com o governador Renan Filho (MDB) os militares vão se reunir novamente em assembleia, às 15h, para discutir o que o governo propôs. “A gente fez a convocação em decorrência da inércia do Governo de Alagoas, que não convocou as categorias durante seus quase 8 anos de mandato. Ele sequer sentou com as entidades representativas para discutir os problemas de cada corporação. Isso gerou uma insatisfação. O Governo vem usurpando a prestação de serviço dos militares, os enganado com um serviço de força-tarefa, com verba de alimentação, de uniforme. Só que nada disso é valorizado pelo próprio Estado”, disse o sargento Wagner Simas, presidente da Associação das Praças Militares (Aspra).
Simas conta que o governador, até então, não vinha sinalizando algo positivo, porém, após a convenção da assembleia, se propôs a sentar com as representações militares. “Nós temos um conjunto de soluções para buscar junto ao Governo, para que haja, assim, uma valorização. A gente discute hoje a reposição salarial, que o Estado nos deve de 2018 e 2019. Além disso, queremos um sistema de proteção social e, também, resolver a questão do desconto do AL previdência [vem sendo subtraído do subsídio dos militares e das viúvas e pensionistas]. Também pedimos uma organização no quadro da corporação para que haja um fluxo de trabalho e, assim, valorizar ainda mais os profissionais, trazendo perspectiva de vida”, acrescentou.
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