As plataformas de redes sociais, onde circula desinformação sobre a pandemia e vacinas, “estão matando pessoas”, criticou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta sexta-feira (16).
Questionado por jornalistas sobre sua mensagem a empresas como o Facebook em relação à desinformação sobre a covid-19, o presidente afirmou: “estão matando pessoas”.
“A única pandemia que temos é entre aqueles que não foram vacinados. Eles estão matando pessoas”, disse antes de deixar a Casa Branca de helicóptero.
“Há cerca de 12 pessoas produzindo 65% da desinformação contra vacinas nas redes sociais. Todas permanecem ativas no Facebook, embora algumas tenham até sido proibidas em outras plataformas” pertencentes ao Facebook, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, sem citar nomes.
“O Facebook precisa ser mais rápido para remover mensagens perigosas e que violam as regras. Elas persistem por dias. É muito tempo. As informações viajam muito rápido”, acrescentou.
A empresa de Mark Zuckerberg se defendeu, alegando já ter removido “mais de 18 milhões de informações incorretas sobre o coronavírus” e “distribuído informações confiáveis sobre a covid-19 e vacinas para mais de 2 bilhões de pessoas”.
Os Estados Unidos trabalham para dar novo gás à vacinação contra o coronavírus, especialmente em face da rápida disseminação da variante Delta. De acordo com as autoridades de saúde, o atual aumento de infecções e mortes por covid-19 em todo o país afeta quase exclusivamente pessoas que não foram vacinadas.
“Há uma mensagem clara sendo transmitida: isso está se tornando uma pandemia de não vacinados”, afirmou a repórteres Rochelle Walensky, diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nesta sexta-feira.
Muitos dos que se recusam a serem imunizados, apesar da fácil disponibilidade de doses nos Estados Unidos, disseram não confiar nas vacinas.
O ceticismo é alimentado tanto por postagens falsas de ativistas antivacinas nas redes sociais, quanto por políticos republicanos que afirmam que as vacinas são parte das tentativas de controle do governo.
por AFP