Caso Gerson e Ramírez: STJD arquiva inquérito sobre acusação de injúria racial

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) arquivou o inquérito que investigava a acusação de injúria racial feita por Gerson, do Flamengo, contra Ramirez, do Bahia. Segundo o relator do processo, Maurício Neves Fonseca, a denúncia teve insuficiência de provas.

Fonseca afirmou que todas as pessoas ouvidas no processo declararam que não ouviram Ramirez proferir a Gerson a frase “cala a boca, negro”. Ainda segundo ele, até mesmo Bruno Henrique e Natan, jogadores do Flamengo, disseram à polícia civil que não ouviram a frase.

O relator citou ainda que Gerson, Bruno Henrique e Natan não prestaram depoimento no caso. Na ocasião, o Flamengo alegou que os jogadores estavam concentrados para o clássico contra o Vasco e que não teve o pedido de adiamento atendido.

No relatório entregue aos clubes e à Procuradoria do STJD, também consta a informação de que as imagens de vídeo e os laudos apresentados no inquérito desportivo não comprovaram a acusação de Gerson.

Leia trecho do relatório:

“Os atletas Gerson Santos da Silva, Bruno Henrique Pinto e Natan Bernardo de Souza, todos do Flamengo, embora instados a prestarem depoimento em 03/02/2021, não compareceram ao Tribunal, tampouco manifestaram interesse em realizar as oitivas por videoconferência, tal como lhes foi facultado por esse relator.

Destarte, para que seja caracterizada a existência de infração disciplinar e determinada a sua autoria, é necessário que venham aos autos elementos que comprovem os fatos e sua materialidade, para ser reconhecida a justa causa, cujo requisito é obrigatório para deflagrar um processo disciplinar desportivo.

No caso em apreço, temos apenas a palavra isolada do atleta Gerson, que embora tenha sido levada em consideração por este Colendo STJD, tanto que houve a instauração do presente inquérito, ela, por si só, não autoriza o oferecimento de denúncia, eis que desprovida de provas.”

Gazetaweb

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