Carbone, ex-técnico de Palmeiras e Fluminense, morre aos 74 anos

O futebol brasileiro perdeu um de seus nomes mais emblemáticos. O ex-volante e ex-treinador José Luiz Carbone morreu na noite deste domingo aos 74 anos. Ele, que comandou o Fluminense no título do Brasileirão de 1984, não resistiu a um câncer hepático que descobriu no início de dezembro e causou sua internação em um hospital em Campinas, cidade na qual residia.

Nascido no dia 22 de março de 1946 em São Paulo, Carbone iniciou sua carreira como volante no Juventus. Em seguida, fez as malas para o São Paulo, clube no qual se profissionalizou. Ainda teve passagens pela Ponte Preta e pelo Metropol até ser negociado com o Internacional.

No Colorado, foi pentacampeão gaúcho entre 1969 e 1973 e logo recebeu suas primeiras chances na seleção brasileira. Em seguida, transferiu-se para o Botafogo e chegou a ser cotado para disputar a Copa de 1974, mas não foi chamado por Zagallo para a lista final. Após ter passagem pelo Grêmio, encerrou sua carreira no Nacional-SP e logo passou a exercer sua função como técnico.

Das passagens pelo clube paulista e pelo Goytacaz, transferiu-se para o Fluminense. Sob seu comando, o Tricolor das Laranjeiras com nomes como Paulo Vitor, Romerito, Assis e Washington sagrou-se campeão estadual em 1983.

No ano seguinte, Carbone comandou a equipe em 16 das 26 partidas do Campeonato Brasileiro. Porém, acabou demitido por desavenças com a diretoria. Comandado por Carlos Alberto Parreira, o Fluminense sagrou-se campeão brasileiro de 1984. Ainda voltou às Laranjeiras para duas passagens: em 1987 e 1997/1998.

José Luiz Carbone também comandou mais de 30 clubes, dentre eles Ponte Preta, Botafogo, Palmeiras, Internacional, Cruzeiro, União São João, Paraná, Ituano, Botafogo-SP e Comercial. Além disto, teve passagens pelo Al-Sadd (QAT), Sharjah FC (EAU), Blooming (BOL), Ararat Theeran (IRA) e teve seu último trabalho na beira do campo no Al-Merreikh, no Sudão.

Porém, um dos clubes com o qual mais se identificou foi o Guarani. No Bugre, foi vice-campeão paulista em 1988 e conduziu a equipe ao acesso para a elite do Paulistão em 2007. Além disto, foi vencedor do campeonato peruano de 1996 pelo Sporting Cristal e comandou o Remo na conquista do Campeonato Paranaense de 1999.

Nos últimos anos, trabalhou como comentarista esportivo da Rádio Brasil, em Campinas. Carbone deixa a esposa Marlene, cinco filhos (Daniela, Rodrigo e Gabriela, do primeiro casamento, e Brunela e Marcela, do segundo casamento) e cinco netos (João Victor, Bernardo, Raul, João e Theo).

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