Um vídeo gravado por uma criança de 9 anos revelou um caso de estupro de vulnerável e levou à prisão de um pedreiro no povoado Santa Rita, na cidade de Marechal Deodoro, em Alagoas. O caso ocorreu na tarde dessa terça-feira (23).
Segundo a mãe da vítima, que preferiu não se identificar, a menina estava em casa com a avó e o irmão mais velho quando saiu para a área externa do condomínio para gravar um vídeo que seria enviado a uma colega, contando como estava passando as férias escolares. O celular ficou apoiado em um creme de pentear cabelos, o que impediu que o homem percebesse que estava sendo gravado, acreditando que ali havia apenas o objeto.
Durante a gravação, o pedreiro, que trabalhava no condomínio onde a família mora, passou a proferir palavras de cunho sexual. A criança enviou o vídeo para a amiga, e a gravação acabou sendo repassada à mãe.
A genitora relatou que estava no trabalho quando recebeu as imagens. Ao assistir, ela disse que ficou profundamente abalada e que “não gosta nem de pensar nas palavras que o homem dizia”. A mãe da vítima afirmou ainda o conteúdo do vídeo lhe causou muita dor.
O vídeo foi mostrado ao dono do condomínio, que acionou a polícia. Os militares foram até o local e solicitaram imagens das câmeras de segurança para verificar o horário em que o suspeito esteve na área onde a criança se encontrava.
Durante a abordagem, o pedreiro negou o crime e disse não saber do que se tratava o vídeo. Ainda segundo a mãe, ele a ameaçou, afirmando que ela estaria sujando a imagem de um “cidadão de bem” e que iria processá-la. O suspeito também teria dito ser pai e avô e que jamais faria algo do tipo.
A genitora informou que é natural de Pernambuco e vive há quatro anos em Alagoas. Atualmente, ela mora sozinha no estado, enquanto os filhos residem com a avó, em Pernambuco. As crianças estavam em Marechal Deodoro passando as férias escolares com a mãe.
Abalada, a mulher relatou estar traumatizada e com medo, dizendo não saber como conseguirá continuar trabalhando e temendo permanecer na cidade, já que o pedreiro trabalhava há cerca de 14 anos para o dono do condomínio.
O homem foi preso e autuado pelo crime de estupro de vulnerável. O caso segue sob investigação.
