Pode até ser mito, mas não é o que parece, e essa é a crença geral.

A história das operações da Polícia Federal em Alagoas nos alerta para a possível ação dos nossos mais importantes políticos, lá em Brasília, para abafar o caso.

Ainda que não de imediato, no curso do processo – quando a investigação avança -, algum luminar do Direito há de apontar para um “erro formal” da PF ou do MPF, fazendo com que a apuração vá parar na lata do lixo (como aconteceu com a Operação Edema, por exemplo).

Ontem mesmo o secretário afastado pela Justiça disse que o caso não é de competência da PF. É a deixa, está claro.

Os comentários que este blog recebeu, desde a operação na Sesau, demonstram a desesperança dos alagoanos de que as consequências do roubo – se roubo houve – sejam maiores do que a vergonha dos envolvidos ao verem seus nomes publicados na imprensa.

É a pena social, que passa muito rapidamente quando os “punidos” têm dinheiro e poder. A bajulação de antes da ação policial volta com mais intensidade, ao brado da hipocrisia: – Que injustiça, Fulano. Mas Deus é grande!

Se já há mesmo ação por parte dos nossos poderosos lá em Brasília, ao verem os seus serem alcançados pela lei, não é possível dizer por enquanto.

A eles, porém, sugiro a leitura do opúsculo de Eça de Queiroz, O Mandarim.

O que lhes resta de consciência pode incomodar ao dono.

Fonte cadaminuto C/ Ricardo Mota foto agenda