Fala de vereador na tribuna da Câmara Municipal agita os bastidores da política penedense

Os bastidores da política penedense, principalmente no que se refere ao legislativo, estão em polvorosa com o discurso do vereador Jorge Alves (MDB) na tribuna da Câmara de Vereadores na sessão ordinária da quinta-feira, 13 de fevereiro.

Em seu discurso, o edil se reportou às últimas eleições municipais e se disse triste por ver a que ponto chegou o pleito em Penedo e no Brasil. Frisou que, em eleições passadas, chegava-se a ter êxito com o “mínimo”, pautado na conscientização, mas, de acordo com Jorge Alves, a situação mudou para pior, numa clara alusão aos gastos de campanha.

O edil, que está em seu terceiro mandato, se arriscou a dizer no plenário que, se o poder judiciário tivesse a condição de realizar uma fiscalização séria, nem os suplentes assumiriam e as eleições nos vários municípios brasileiros teriam que ser refeitas.

Para o vereador, hoje não se sabe quem é mais corrupto: se o político ou o eleitor, referindo-se claramente à captação ilícita de sufrágio (compra de votos). Foi enfático ao afirmar que sua candidatura poderia ser investigada, mas que teriam que investigar todos. “Ninguém fica!” afirmou Alves.

Disse também que, nos dias atuais, pessoas decentes não querem ingressar na política, pois têm medo de se corromper, já que, ou se corrompe, ou não ganha eleição.

É grave a denúncia do edil, principalmente no que tange à questão do poder judiciário não ter a condição de realizar uma fiscalização séria, pois, de acordo com sua fala, nem os suplentes assumiriam. Gravíssimo também é a questão do vereador afirmar que, diante de uma investigação, ninguém ficaria, generalizando uma condição de igualdade entre todos os políticos e seus êxitos nas urnas.

.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo