Justiça decreta prisão de mãe e irmão do prefeito do Junqueiro por suposta participação no assassinato de blogueiro
A Justiça de Alagoas decretou a prisão de dois suspeitos de envolvimento no assassinato do ativista político Adriano de Farias, em Junqueiro. A informação foi divulgada pelo deputado federal Fabio Costa em suas redes sociais.
Segundo o parlamentar, Valdir Silva, irmão do prefeito de Junqueiro, e sua mãe, Rejane Silva, tiveram a prisão decretada pela Justiça. Além dos dois parentes do prefeito Leandro Silva, outras três pessoas ligadas à prefeitura estão envolvidas.
“Adriano foi assassinado a tiros no município de Junqueiro pelo simples fato de exercer o seu direito de cidadão de criticar os políticos locais. (…) Alagoas voltou ao tempo em que as pessoas são assassinadas porque existem indivíduos que se sentem acima das leis e que se acham no direito de definir quem pode viver ou quem deve morrer”, criticou o deputado, relembrando o assassinato de Kleber Malaquias, em Rio Largo, no ano de 2020.
O crime
O homicídio de Adriano de Farias Firmino Silva aconteceu no dia 18 de junho de 2024. A vítima foi seguida e executada a tiros nas proximidades de sua residência enquanto dirigia seu veículo.
O delegado João Marcello informou que essa prisão tem importância significativa para o avanço das investigações. “A detenção do segundo suspeito representa um avanço importante nas investigações. Seguimos trabalhando para identificar e prender todos os envolvidos neste crime hediondo”, concluiu a autoridade policial.
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) concluiu o inquérito e havia indiciado Carlos Henrique Ferreira Santos, 37 anos, e José Fabio de Lima, 38 anos, por homicídio qualificado.
Mesmo após a conclusão sobre a participação da referida dupla, a PC seguiu com as investigações para descobrir se há outras pessoas envolvidas no crime. Os dois homens tiveram a prisão temporária convertida para preventiva e seguem presos por tempo indeterminado.
Carlos Henrique foi preso no dia 21 de agosto, na cidade de Teotônio Vilela, durante uma carreata política. Ele trabalhou na guarda municipal de Junqueiro e já responde por crimes de extorsão e homicídio. José Fábio foi preso no dia 30 de setembro, em Junqueiro. Ele trabalhava como fiscal de obras da Prefeitura.
Fonte cadaminuto P/ Alicia Flores