Após o STF decidir pela descriminalização do porte individual de maconha, direita foi ao plenário da Câmara para criticar Supremo
Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir pela descriminalização do porte de maconha para o consumo individual, parlamentares de direita criticaram os ministros e subiram o tom nos plenários do Congresso. Os discursos com previsões catastróficas chegaram a citar a destruição de milhões de famílias, o uso de drogas nas escolas e aumento da população em situação de rua.
Osmar Terra (MDB-RS) foi um dos deputados que mais falou no plenário, nesta terça-feira (25/6), levantando dados sem citar as fontes. “Isso vai ampliar muito o consumo de drogas. Os meninos vão levar maconha para a escola e ninguém vai poder fazer nada”, afirmou.
O deputado também fez um cálculo afirmando que “60 gramas dá mais de 100 cigarros de maconha”, argumentou que a droga “é a maior causa de interdição de jovens entre 18 e 30 anos” e que, nos países em que ela foi liberada, “aumentou a população em situação de rua”.
O deputado federal Alberto Fraga (PL-DF), avaliou que o Supremo cometeu “o maior dos crimes contra a população brasileira”. “O STF afronta o Congresso Nacional. Serão destruídas milhões de famílias. Um baseado tem 1,4 gramas de maconha. Então imagina o coleguinha chegar [na escola] com a mochila com 60 baseados. Vai negociar, vai vender.”