O ex-jogador de futebol contou detalhes do que sofreu no cativeiro que foi levado junto com a amiga Taís, no último dia 16
Marcelinho Carioca detalhou o pânico que viveu durante o sequestro que sofreu no último dia 16, em Itaquaquecetuba, São Paulo. O ex-jogador de futebol contou sobre os momentos de tensão que viveu ao lado da amiga Taís, que estava no banco de trás quando o carro do atleta foi rendido.
“Passaram quatro pessoas, cinco pessoas. Quando voltei para ver, fui encapuzado, e o cara já veio apontando [a arma]. E eu, desesperado”, contou Marcelinho em entrevista ao Fantástico. “Eu disse: ‘Não, por favor, eu sou o Marcelinho Carioca’”, completou.
Ainda segundo o ex-jogador, a quadrilha pediu cartões e senhas, além do desbloqueio do telefone e do acesso ao Pix. Em seguida, e o levaram junto com a amiga para um cativeiro.
“A todo momento aquele apavoro”, relatou Marcelinho, lembrando as ameaças dos sequestradores: “‘A gente quer dinheiro. Impossível não ter dinheiro nessa conta. Jogador tem grana’”.
O ex-atleta também relembrou as intimidações com arma. “‘Já brincou de roleta-russa?’ E girava. Você ouvia girando, não via nada. Aí colocaram uma arma por baixo da toalha”, contou. “Ninguém se falava. Não trocava ideia, com medo”, acrescentou.
O resgate de Marcelinho Carioca
Ainda em entrevista ao Fantástico, Marcelinho Carioca contou que escutou um barulho de helicóptero e um comentário dos sequestradores entre eles.
“A gente começou a escutar o helicóptero [da polícia]. Aí alguém já chegou e falou: ‘A casa caiu’. Veio um policial sozinho. Ele chegou no portão e falou: ‘Eu vou entrar. Abre’. Eu não sabia o que estava vindo. O que ia vir. Eu falei: ‘Vão atirar na gente, vão matar a gente’. Eu abaixei a cabeça: ‘Senhor, não deixa, não deixa’”, relatou.
Marcelinho continuou: “Ele [o cabo Ribeiro, da PM] falou: ‘Vem. Vem que você está livre’. Eu abracei ele como meu pai, meu irmão, meu amigo. Porque ele arriscou a vida dele”, disse emocionado.
A amiga, Taís, também relembrou a cena: “Quando o policial chegou, eu estava em choque de ver que aquilo estava realmente acontecendo, porque não são todos que conseguem sair vivos de uma situação dessa”, disse.
Fonte: Metrópoles