A onda de calor que atingiu diversos estados brasileiros deve chegar a Alagoas nos próximos dias. No entanto, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) afirma que o aumento da temperatura já era esperado e está dentro da normalidade prevista para o período.
“Embora estejamos enfrentando uma onda de calor em Alagoas, é importante destacar que nossa região, em comparação com outras partes do país, sofrerá menos impacto devido às condições geográficas favoráveis. No entanto, isso não nos exime da responsabilidade de contribuir para a conscientização e o debate sobre os impactos das mudanças climáticas”, destacou o secretário Gino César.
Segundo os meteorologistas, o tempo mais quente em Alagoas está ligado ao fim do inverno, quando a atmosfera tende a aquecer e as massas de ar quente ganham predominância; o fenômeno “El Niño”, que é o aquecimento anômalo das águas do Oceano Pacífico; e uma “bolha de calor”, que faz com que sistemas de alta pressão atmosférica permaneçam na região durante os próximos dias.
“O monitoramento global já mostra a chegada dessa onda de calor, mas a população de Alagoas pode ficar tranquila porque não serão aumentos exagerados. Claro que vai ficar mais quente, o tempo mais seco, mas nada fora do previsto para o período”, explicou o superintendente de Prevenção em Desastres Naturais, meteorologista Vinícius Pinho.
As cidades do Agreste e do Sertão serão as mais afetadas, podendo ter temperaturas na casa dos 38°. Para as demais regiões, sobretudo no litoral, as consequências desse aumento serão mais discretas, devido à proximidade do oceano Atlântico, que funciona como um regulador de temperatura e faz com que a média permaneça na casa dos 32°.
Também foi percebida pela equipe de meteorologistas da Semarh a ausência de chuva nos próximos dez dias, contribuindo para um tempo mais seco e quente, que inspira cuidados, por parte de toda a população.
“A Semarh reitera que continuará monitorando as condições climáticas, e caso seja necessário, emitirá algum aviso ou alerta sobre baixa umidade do ar, de alta incidência de radiação solar ou de outras situações que impliquem atenção”, informou Vinícius.
Embora não tenha maiores consequências em Alagoas, recomenda-se à população que evite a prolongada exposição ao sol, se hidrate adequadamente, e use filtro solar e roupas leves, devido ao aumento da incidência dos raios solares, em especial para crianças e idosos.
*Com assessoria
