Morre maestrina e ativista da cultura alagoana, Fátima Menezes, vítima de câncer

Ela estava em Manaus, onde fazia o tratamento na companhia da filha. Fátima Menezes er regente do Coretfal desde a década de 80.

A maestrina Fátima Menezes morreu nesta sexta-feira (15), aos 70 anos, vítima de um câncer. Durante anos, Fátima foi regente do Coretfal, responsável por vários prêmios nacionais e internacionais. Também era uma ativista da cultura alagoana. Fátima estava em Manaus, onde fazia tratamento contra a doença, na companhia da filha.

Fátima estava à frente do Coretfal desde a década de 80, quando recebeu a batuta de sua mãe, Maria Augusta, a Guga, fundadora do coral. Fazia questão de manter no figurino dos coralistas o filé alagoano e inovou com coreografias durante as apresentações.

A maestrina estava sempre presente no cenário cultural do estado. Nas prévias carnavalescas de Maceió, era presença marcante nos carros alegóricos do Pinto da Madrugada, cantando marchinhas e frevos.

Fátima Menezes também foi presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais (CMPC) de Maceió

“Ela teve uma ação muito forte, foi uma mulher que não ficava só no que fazia, que era o canto coral, onde ela formou várias gerações de coralistas. Viajou esse país todo, participou até de apresentações internacionais, foi uma pessoa super importante em um campo onde não há muitas oportunidades, que é o canto coral”, disse Fred Correia, atual presidente do Conselho.

O Coretfal lamentou a morte de Fátima Menezes e fez uma postagem nas redes sociais. Em um dos comentários, uma seguidora escreveu que “a família Coretfal se sente órfã nesse momento”. Outra pessoa escreveu que teve o filho acolhido pelo Coretfal e disse que Fátima “formou muitas pessoas que seguiram na música ou usaram o que aprenderam nas suas vidas e profissões”.

O produtor cultural Alexandre Holanda escreveu: “Sua luz ecoa, você fez o mundo muito melhor, você distribuiu a músida alma mundo afora, iluminou vidas! Vá em paz”.

A família não informou detalhes sobre velório e enterro.

Fonte g1/AL

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