Parece tudo combinao, tipo jogo treinado, bem ensaiado.
Cena 1 – Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, disse a Lula na última quinta-feira, e depois publicamente, que o governo do PT não tinha base para apoiar grandes projetos e que ”a situação caminhava para uma crise porque, na ponta do lápis, o Planalto não contava com apoio nem de 200 deputados, de um total de 513”.
Cena 2 – Zeca Dirceu (PT-PR), líder do PT na Câmara, defende Arthur de ataques de petistas na coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha: “Tem gente entendendo o que ele diz como ameaça, acham que ele está riscando a faca. Na verdade, ele está fazendo alertas importantes. E, portanto, ajudando o governo”.
Diz ainda que as críticas a Lira são feitas por “falta de conhecimento” e de pessoas que “não querem dividir o poder” com Arthur Lira. Tem que dividir, com critérios, com transparência, mas tem que dividir”.
Cena 3 – O Estadão publica trecho do final desse capítulo: ”o governo decidiu liberar cargos de segundo escalão para conseguir apoio em votações no Congresso e barrar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro”.
Serão beneficiados, por exemplo, o União Brasil com diretorias dos Correios, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), além das presidências da Telebrás e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), entre outros postos estratégicos.
O MDB também terá uma diretoria do Banco do Nordeste (BNB), uma vice-presidência da Caixa e quatro secretarias do Ministério das Cidades.
DP C/ cadaminuto P/ Volney Malta Foto: Reuters