Brasileiros são presos por ligação com ataque a tiros no Paraguai

Seis brasileiros foram presos nesta segunda-feira (11) em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, como resultado da investigação do assassinato no último sábado (9) de quatro pessoas, incluindo a filha do governador do departamento de Amambay, sudeste do país.

As prisões foram feitas durante operação em uma casa da capital do departamento, na fronteira com o Brasil, de acordo com informações da polícia local.

Além disso, a polícia disse que ontem à noite foi encontrado um veículo queimado, que está sendo analisado para constatar se foi o mesmo utilizado pelos autores do ataque com armas de fogo no qual, além da filha do governador Ronald Acevedo, morreram outras duas jovens brasileiras e um homem.

A polícia cogita, entre outras hipóteses, que possa ter sido um acerto de contas entre grupos de traficantes de drogas e que o homem morto seria o verdadeiro alvo do ataque.

Quatro pessoas morreram, entre elas duas brasileiras, em atentado realizado em Pedro Juan Caballero, no Paraguai

REPRODUÇÃO/FALA BRASIL – RECORD TV

O grupo estava saindo de uma festa em Pedro Juan Caballero na madrugada de sábado quando foi baleado por desconhecidos que os esperavam.

Duas das jovens foram identificadas como brasileiras e colegas de turma na faculdade de medicina da filha de Acevedo, filiado ao Partido Liberal, da oposição.

Acevedo criticou hoje o governo do presidente Mario Abdo Benítez, do Partido Colorado, e o ministro do Interior, Arnaldo Giuzzio, pelos casos de violência que vêm ocorrendo na região.

“Eles [as vítimas] estavam no novo Sinaloa do México chamado Pedro Juan Caballero (…). É um mercado livre da morte, um mercado livre de drogas”, disse ele a uma estação de rádio.

Além disso, ele também acusa o governo de ter perdido credibilidade e de estar mais preocupado, após o quádruplo homicídio, com as eleições municipais que foram realizadas ontem.

O irmão do governador, José Carlos Acevedo, também liberal, foi reeleito prefeito de Pedro Juan Caballero.

O irmão Robert Acevedo, que morreu de Covid-19 neste ano, escapou ileso de um atentado em 2010, no qual duas pessoas morreram. Na época, ele havia denunciado que o ataque foi orquestrado por grupos ligados ao tráfico de drogas.

r7
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