Em meio aos atritos da CPI da Covid com as Forças Armadas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), seu reuniu na manhã desta quinta-feira (8) com o ministro da Defesa, Braga Netto.
O encontro ocorreu um dia depois de a pasta divulgar uma nota em que repudia declarações feitas pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), que afirmou que há muitos anos o Brasil “não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.
Pelo Twitter, Pacheco afirmou que o fato foi um “mal-entendido” e já está encerrado.
“O episódio de ontem [quarta], fruto de um mal-entendido sobre a fala do colega senador Omar Aziz, presidente da CPI, já foi suficientemente esclarecido e o assunto está encerrado”, escreveu.
O presidente do Senado disse ainda que “deixou claro” o reconhecimento do Senado “aos valores das Forças Armadas, inclusive éticos e morais, e afirmei, também, que a independência e as prerrogativas de parlamentares são os principais valores do Legislativo”.
Na nota, Braga Netto e os comandantes afirmam que Aziz, em sua fala, desrespeitou as Forças Armadas e generalizou esquemas de corrupção.
Após a reação da Defesa, Aziz disse que sua fala não generalizou o comportamento dos militares e afirmou que eles não podem intimidar o Congresso. Ele classificou a resposta da Defesa de “desproporcional”.
“A minha fala foi pontual, não foi generaliza. E vou afirmar aqui o que eu disse na CPI novamente. Pode fazer 50 notas contra mim, só não me intimidem. Porque quando estão me intimidando, estão intimidando essa casa [Senado] aqui”, declarou no plenário do Senado nessa quarta (7).
Folhapress