Com a chegada do inverno, é comum o aumento no número de casos de doenças respiratórias como alergias, gripes, rinites e sinusites. Porém, neste momento de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, é necessário ficar atento aos sintomas dessas doenças que, muitas vezes, podem ser semelhantes aos da Covid-19.
Para explicar as diferenças desses sintomas, o CadaMinuto conversou com o otorrinolaringologista do Hapvida Maceió, Gabriel Figueiredo. Ele explica que alguns sinais que podem ajudar o paciente a saber se possui as chamadas “doenças de inverno” ou se, de fato, pode ter sido contaminado pelo vírus SARS-CoV-2.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gripe acomete de forma grave cerca de 3,5 milhões de pessoas por ano e pode evoluir para quadros de pneumonia e meningite. É por isso que a prevenção continua sendo o melhor remédio.
O otorrino explica que um dos principais fatores para o aumento das doenças de vias aéreas nessa época do ano – como as rinites alérgicas, as sinusites, as faringites e a pneumonia – é a baixa da temperatura. Ele recomenda evitar locais com aglomeração ou com muita poeira ou mofo e mudanças bruscas de temperatura, como sair de ambientes muito quentes e já entrar em outro refrigerado.
“Além disso, recomendo higienizar o nariz regularmente com soro fisiológico e as mãos com água e sabão. E sempre que possível ingerir líquidos com maior frequência”, complementa.
As mudanças de temperatura e de umidade relativa aumentam a concentração de poluentes no ar, predispondo a doenças respiratórias. A exposição às baixas temperaturas pode reduzir a imunidade do organismo, responsável por defender o corpo de agentes infecciosos como bactérias, vírus e fungos.
Familiares de crianças e idosos acima de 60 anos devem redobrar o cuidado, mas o médico alerta para o fato de que as doenças de inverno podem acometer pessoas de todas as idades e as recomendações de prevenção valem para todos.
Muitas pessoas ainda têm dúvidas se podem buscar atendimento com um especialista devido à atual pandemia do novo coronavírus. O médico recomenda priorizar, sempre que possível, consultas agendadas com um otorrino ou até mesmo clínico geral.
“É bom evitar ir aos hospitais ou postos de saúde, mas, se o paciente apresentar sintomas importantes como febre alta, mal estar ou falta de ar, precisa procurar o pronto atendimento”, conclui.
Fonte: Cadaminuto