Em meio à falta de informações concretas acerca da retomada gradual do comércio em Alagoas, pelo Governo do Estado, o que contribui para uma incerteza econômica, a Associação Comercial de Maceió emitiu nota em repúdio à falta de clareza do Executivo. No entendimento de seus membros, a permanência de suspensão das atividades agrava ainda mais a crise atualmente vivenciada.
Durante a coletiva do último dia 10, o governador Renan Filho (MDB) anunciou a retomada gradativa do setor produtivo em Alagoas, cuja informação consta no decreto que prorroga as medidas de isolamento social até o dia 22 de junho.
Porém, até então, nenhum critério ou evidências científicas adotadas, para a consolidação da política pública de flexibilização do isolamento social em Alagoas, foram detalhadamente apresentados na oportunidade.
Por sua vez, segundo pesquisadores do Observatório Alagoano de políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19 da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), ainda não é possível pensar em flexibilizar o distanciamento social, pois não há controle da infecção, o que não permite avaliar a real situação do vírus no estado.
MANIFESTO
Diante do atual cenário de incertezas, a Associação Comercial de Maceió se manifestou, por nota, informando que os indicadores de contágio entraram em descenso (declínio). A associação disse, ainda, que a taxa de letalidade do estado é uma das menores do país e apontou que a taxa de ocupação dos leitos também caiu consideravelmente, principalmente na rede privada.
Ainda na nota, consta que os estabelecimentos comerciais já se organizaram para cumprir todas as exigências do protocolo sanitário, adequaram seus estoques, acabaram com as suspensões dos contratos de trabalho de seus funcionários, “todos cientes de sua responsabilidade social e sempre priorizando a saúde da população”.
A AC Maceió finaliza a nota reforçando o quanto adiar a volta do comércio agrava a crise pela qual a população passa. “A Associação Comercial de Maceió sempre pregou a obediência civil às normas editadas pelos entes governamentais. Por isso mesmo, não pode aceitar qualquer ato que tenda ao descumprimento do programa estabelecido pelo próprio Governo ou que postergue a retomada para após o dia 22, o que somente agrava sobremaneira a crise por que passamos; tornará inevitável as demissões em massa, fechamento definitivo de diversas empresas, inviabiliza o recolhimento de tributos e, por conseguinte, gerará um rombo ainda maior nas contas públicas, tornando impossível o custeio basilar da própria saúde e dos vencimentos dos servidores”.
Fonte:Gazetaweb