A trajetória política de Moacir Lopes de Andrade iniciou-se em 1966, quando foi eleito pelo MDB deputado estadual com 1.954 votos, ficando em 29º lugar das trinta e cinco vagas em disputa. Assumiu o mandato em março de 1967 e naquele mesmo ano tornou-se líder da bancada do seu partido na Assembleia Legislativa. Vivíamos naquela época o Regime Militar, onde vários parlamentares de oposição tiveram seus mandatos cassados. Moacir em 1969 foi cassado pelo Ato Institucional nº 5 (AI 5).
Com o fim do bipartidarismo em novembro de 1979 e a consequente reorganização partidária, Moacir Andrade filiou-se ao PMDB. Em 1980 foi eleito secretário geral do partido em Alagoas, cargo que ocuparia até 1983. Nas eleições de 1982 foi eleito deputado estadual com 15.484 votos, ficando em 6º lugar das vinte e quatro vagas em disputa.
Moacir Andrade nas eleições de 1986 foi indicado na convenção do PMDB para ser candidato a vice-governador na chapa de Fernando Collor de Melo (PMDB). A chapa Collor/Moacir conseguiu se eleger com uma votação de 400.246 votos (52,83%). Diante do afastamento de Fernando Collor, em maio de 1989, para lançar-se à campanha vitoriosa para a presidência da República, Moacir Andrade assumiu o governo do Estado em 14 de maio de 1989.
Nas eleições de 1990 o governador Moacir Andrade (PRN) apoiaria a candidatura de Renan Calheiros (PRN) ao governo do Estado com a condição de indicar o vice. Renan escolheu o ex-prefeito de Arapiraca Severino Leão para ser o vice da sua chapa, sem uma prévia comunicação a Moacir, gerando uma ruptura do governador com Renan e o mesmo passou a apoiar a candidatura ao governo do Estado do deputado federal Geraldo Bulhões (PSC), indicando inclusive o deputado estadual Francisco Mello (PMDB) como vice. Geraldo Bulhões (PSC) foi o 1º colocado no segundo turno com uma votação de 424.480 votos (65,97%). O rompimento de Renan, no segundo turno com o presidente Collor, assegurou a Geraldo Bulhões mais adesões à sua campanha. Dos noventa e oito prefeitos de Alagoas, naquela época, noventa e seis apoiaram Geraldo Bulhões no segundo turno. As críticas contundentes de Renan contra o governador Moacir Andrade aumentaram mais ainda o empenho do governador na campanha de Geraldo Bulhões. Esses episódios foram determinantes para a vitória de GB.
Moacir Andrade deixou o governo do Estado em março de 1991, passando o cargo para Geraldo Bulhões. No mesmo ano Moacir assumiu a Secretaria Nacional de Irrigação, do Ministério da Agricultura, lá permanecendo até 1992.
Nas eleições de 1994, Moacir Andrade (PPR) foi eleito deputado federal com 35.418 votos, ficando em 5º lugar das nove vagas em disputa. Naquela legislatura Moacir votou a favor da quebra do monopólio da Petrobrás na exploração de petróleo e na quebra do monopólio estatal no setor de telecomunicações. Em 1996 votou contra a criação da contribuição provisória sobre a movimentação financeira (CPMF); em 1997 votou contra a emenda da reeleição e manifestou-se contra a quebra da estabilidade do funcionalismo público.
Moacir Andrade (PPB), nas eleições de 1998 foi candidato a reeleição para deputado federal, obtendo 35.580 votos, não obtendo êxito naquele pleito, deixando a Câmara em janeiro de 1999, ao fim da legislatura.
Nas eleições municipais de 2004, Moacir Andrade (PL) foi candidato a prefeito de Penedo, sua cidade natal. Moacir (PL) ficou em 3º lugar com 5.601 votos (21,77%), José Machado (PSDB) em 2º lugar com 8.566 votos (33,29%) e Marcius Beltrão (PDT) em primeiro lugar com 11.563 votos (44,94%). Talvez, a decisão de Moacir em ser candidato a prefeito naquele pleito tenha sido o seu maior erro político de toda a sua trajetória. Aquela eleição foi a sua última disputa eleitoral.
Moacir Andrade deixou a vida pública passando a dedicar-se à atividades empresariais nos ramos da comunicação, locação de imóveis e agropecuária.
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