PF cumpre mandados em AL e outros estados contra esquema de corrupção

Uma operação da Polícia Federal (PF) foi deflagrada na madrugada desta terça-feira (19), em Alagoas e nos estados de Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, além do Distrito Federal. Um dos alvos da força-tarefa em Maceió é a Casa da Indústria.
O objetivo da ação é desbaratar um esquema de corrupção envolvendo um grupo de empresas sob o controle de uma mesma família que vem executando contratos por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S. Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões.
A reportagem da TV Gazeta foi informada de que várias viaturas, além de carros descaracterizados, deixaram a sede da PF, no Jaraguá, por volta das 5h20, para cumprir dois mandados de busca e apreensão, e um de prisão temporária.
Ao menos, duas viaturas se concentraram na Casa da Indústria, onde as equipes ocuparam o térreo do prédio, à procura de diversos documentos. O chefe do setor de Licitações foi chamado para auxiliar os agentes nas buscas. Os funcionários, inclusive, foram impedidos de entrar para não “embaraçar” o trabalho dos agentes.
CARÁTER NACIONAL
A Operação recebeu o nome de Fantoche, que investiga um esquema de corrupção envolvendo um grupo de empresas sob o controle de uma mesma família que vem executando contratos por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S. Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões.
São cumpridos 10 mandados de prisão e outros 40 de busca e apreensão no Distrito Federal, Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Alagoas. Segundo a PF, são investigadas a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.
A operação conta com apoio do Tribunal de Contas da União (TCU). A investigação aponta que a forma de atuação do grupo costuma utilizar entidades de direito privado sem fins lucrativos para justificar os contratos e convênios diretos com o ministério e unidades do Sistema S.
A maioria dos contratos era voltada à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados, com recursos desviados em favor do núcleo empresarial por meio de empresas de fachada, de acordo com a PF.