Dados do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento de Alagoas(IFEPD), divulgados nesta segunda-feira (26), revelam que caiu para 53% o número de maceioenses com dívidas em atraso que dizem não ter como pagá-las. Em julho, esse percentual era de 59,8%.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor de Maceió (PEIC), 49.963 consumidores estavam nessa condição em agosto. No mês anterior eram 53.523.
Um outro dado positivo para o comércio na capital alagoana é que o endividamento do maceioense subiu pelo terceiro mês consecutivo, 2,1% de julho para agosto. Isso quer dizer que os consumidores estão comprando mais, movimentando a economia local.
“Analisando os dados, percebe-se um retorno positivo e disciplinado por meio de serviços financeiros, sinalizando que as pessoas estão utilizando cartões de crédito, financiando imóveis, carros e requerendo empréstimos na economia”, afirma Felippe Rocha, assessor econômico da Fecomércio.
No total de 61,9% dos consumidores que possuem dívidas, 26,9% se consideram muito endividados, 19% acreditam estar em um nível intermediário e 26%, pouco endividados. 38,1% dos entrevistados disseram não ter dívidas. O número de inadimplentes caiu 6,66%.
“Isso demonstra que apesar do aumento do consumo por meio do crédito, não houve elevação na inadimplência. Na prática, as pessoas estão consumindo sem comprometer a capacidade de pagamento, deixando uma margem em sua renda”, explica o assessor econômico da Fecomércio.
Levando-se em consideração o nível de renda dos entrevistados, o maior número de endividados está entre as pessoas que recebem até 10 salários mínimos.
A principal forma de endividamento é com o cartão de crédito. Esse tipo de dívida subiu 1% entre julho e agosto. Também apresentaram crescimento o uso de carnês de lojas (0,8%) e o crédito consignado (0,6%).
O tempo que os inadimplentes levam para se livrar de dívidas diminuiu em agosto. Em julho, eram necessários 65 dias, agora são 61,7. O número de parcelas que mantêm as pessoas endividadas também apresentou queda, passando de 6,1 meses em julho para 5,5 meses em agosto.
G1